A América Latina há muito já possui instrumentação e qualificação técnica para lidar com os seus maiores problemas nos campos da Arqueologia , Geologia, História e Antropologia. Sendo assim, nós latino-americanos não podemos nos permitir que continuemos a ser coadjuvantes na reconstrução de nosso passado. Reconhecemos existirem grandes especialistas americanos que merecem o nosso mais profundo respeito e profunda amizade, como o nosso apoiador e participante da descoberta Gregory Deyermenjian, por concordarem eles que nós latino-americanos não podemos nos tornar coadjuvantes nesse processo histórico. Mas sabemos que boa parte dos grandes arqueólogos e antropólogos europeus e americanos não pensa assim, sendo que muitos desejam delegar a nós pesquisadores latino-americanos uma função secundária na reconstrução de nosso próprio passado, fazendo com que engulamos à força, em muitos casos ,teorias que diminuem a legítima grandeza daquele. Nós latino-americanos, muito bem representados pela equipe do grande pesquisador chileno Roland Stevenson, honradamente fomos laureados com a missão de contribuir enormemente para a emancipação da ciência da América Latina por meio da realização das pesquisas de maior peso da Amazônia e do mundo em nossa área, não nos iremos nos curvar àqueles pretensiosos cientistas não latinos que eventualmente desejem nos usurpar esse título que nos é do mais legítimo direito. Agradecemos aos grandes cientistas americanos e europeus que nos apoiam ,reconhecendo serem eles importantes colaboradores na luta pelo fim da arqueologia e da antropologia da subjugação, assim como recebemos de bom grado a participação e a colaboração em nossas pesquisas de especialistas desses países que defendam um mundo multipolar, pois a multipolaridade é um importante instrumento para a proteção da diversidade cultural planetária. Agradecemos especialmente aos cientistas franceses, que devemos ter como apoiadores e aliados nessa luta, considerando serem eles filhos de uma cultura igualitária que historicamente possui tradição de grande respeito à diversidade, tendo esse país gerado grandes antropólogos em parte em razão de possuir um compromisso histórico na luta contra as doutrinas etnocêntricas da antropologia evolucionista. Agradecemos também aos cientistas finlandeses que nos apoiam e que tem se destacado na Amazônia ,sabendo serem eles filhos de uma belíssima cultura,sempre avessa ao imperialismo e ao etnocentrismo. Sem dúvida, são todos esses grandes pesquisadores estrangeiros contrários a quaisquer doutrinas cientificas de subjugação dos povos ,que muitas vezes se utilizam de teorias pseudo-científicas endossadas por catedráticos para justificar ou facilitar seus obscuros intentos, sendo estas nada mais do que antropologia evolucionista mascarada com colorido glacê. Sendo assim, devemos permanecer abertos à participação de cientistas americanos e europeus que desejem trabalhar verdadeiramente conosco pela reconstrução de nossa obliterada cultura, tão diminuída pelas teorias segregadoras e etnocetristas apregoadas por muitas escolas científicas estrangeiras. Ao contrário, devemos nos opor e rechaçar a ideologia daqueles que pretendem ser os principais agentes da reconstrução de nosso passado e que criam as teorias inexatas que usurpam seu valor legítimo, uma vez que é o nosso próprio passado que está em jogo. Devemos aceitar somente a colaboração de antropólogos europeus e americanos simpáticos à ideia de um mundo multipolar, ao passo que devemos rechaçar aqueles que desejam nos tornar coadjuvantes no cenário global, desintegrando os liames milenares que irmanam as culturas indígenas da América Latina. Arqueólogos e antropólogos da América Latina ,não se permitam ser subjugados,pois enquanto isso perdurar a sua ciência não será emancipada. Se os senhores não se erguerem ,continuarão a acontecer manipulações de nosso passado, e diversos elementos que irmanam culturalmente o nosso continente ,integrando o Brasil, a Venezuela, as Guianas às culturas andinas ,continuarão a ser negligenciados, e não somente aquele caso do Acre e Rondônia manipulado por uma grande arqueóloga americana, o qual separa artificialmente as culturas irmãs da Amazônia brasileira da boliviana e peruana ,filhas do Grande Império Omágua ou Gua, o Povo das Águas, a cultura dos geoglifos e dos grandes lagos artificiais. Se fosse pela vontade de tal arqueóloga, aquele grande império seria condenado ao esquecimento,o que representaria um enorme crime contra contra a nossa cultura e fortaleceria a Doutrina da Subjugação e da desintegração cultural da América Latina. Portanto, lutemos ferrenhamente por nossa emancipação científica.
sexta-feira, 22 de junho de 2012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário