quarta-feira, 7 de abril de 2010

Linhas da água e praias do extinto Lago Parima, Manoa ou Rupununi, o grande mar interior da Amazônia relacionado historicamente ao El Dorado.




As fotos acima mostram as marcas da linha da água do extinto Lago Parima,Manoa ou Rupununi, descoberto em 1987 por Roland Stevenson e codescobridores, lago este tido historicamente como um mar interior de água salgada ou salobra do norte amazônico de dimensões comparadas ao Mar Cáspio que constituía o marco geográfico da Província Mineral do El Dorado. Essas linhas da água que circundam as elevações e montanhas do perímetro da savana bastante plana, impermeável e sazonavelmente alagável na atualidade, localizada na depressão da bacia dos rios de mesmo nome chamados Parima (Branco) em Roraima e Rupununi na Guiana, marcas estas perfeitamente horizontalizadas e niveladas a 120 metros a.n.m., constituem a prova definitiva de que o Lago Parima do El Dorado existiu de fato no passado recente. Lembremos que essa gigantesca savana amazônica de 80.000 quilômetros quadrados denominada em Roraima de Campos de São Marcos é situada em uma região que fatalmente deveria abrigar matas mais densas em razão dos motivos que serão minuciosamente citados no decorrer desse blog, além de encontrar-se exatamente na região considerada historicamente a localização clássica do Lago Parima do El Dorado. Mais ainda, essas linhas da água são em muitos casos representadas por gigantescas praias, com a imensa quantidade de areia comum a estas, tendo sido inclusive a capital Boa Vista contruída em sua maior parte com a areia dessas praias,o que talvez seja inclusive um caso de segurança pública por pooder talvez representar riscos para a construção civil. Não podemos apontar outra razão para o fato dessa savana apresentar em seu perímetro tais praias e linhas da água perfeitamente niveladas, senão aquela que indica ter ela constituído o leito um gigantesco lago recentemente extinto. Seria essa linha perfeitamente nivelada obra de um prodigioso acaso? É mais difícil ainda consideramos isso mera obra do acaso se observarmos que as menções históricas e tradições indígenas afirmavam de forma recorrente a existência de um gigantesco lago nessa exata região.Para nós, não é fruto de um prodígio sobrenatural essa linha perfeitamente nivelada a 120 a.n.m. que contorna essa savana quase continuamente em todo o seu perímetro, interrompendo-se somente nas regiões já modificadas pela ação humana, em tudo semelhante a uma linha da água de um grande lago extinto. Lamentavelmente, tais linhas d`água estão sendo destruídas pelos extratores de areia e tratadas de forma totalmente omissas pelas autoridades e pela grande mídia brasileira.Para nós,tais linhas valem muito mais culturalmente do que o Carnaval plastificado que esta tem exportado como o nosso símbolo nacional. Chamamos atenção para foto de baixo, na qual o geólogo do DNPM e codescobridor do lago Parima Gert Woeltje verifica em campo o nível das linhas d`água, o que levou-o a concluir serem marcas feitas na areia e na terra de um gigantesco lago extinto recentemente, por se apresentarem muito bem visíveis até os dias de hoje e por se situarem sempre na altitude de 120 a.n.m. O gigantesco valor cultural dessas linhas da água se deve ao fato de representrem a silhueta histórica do mundialmente célebre El Dorado, além de permitir-nos concluir seguramente ser a Província Mineral do El Dorado do Parima a valiosíssima província mineral cuja a existência já é comprovada nessa região. Mas, no "país do Carnaval", cujo símbolo nacional maior artificialmente criado remete às nossas piores mazelas culturais, o El Dorado está sendo esquecido pelos brasileiros, o que parece uma piada tragicômica semelhante àquela representada por nosso aviltante símbolo nacional. A grande mídia brasileira tem que reconhecer o seu papel como fomentadora e consolidadora do estabelecimento de uma identidade cultural nacional que simbolize os aspectos mais edificantes de nossa cultura, de forma a contribuir para a debelação dos aspectos culturais patológicos que adqurimos desde a época da colonização. A partir do momento que a grande mídia brasileira se exime o exercício desse papel pedagógico e se considera uma indústria com fins exclusivamente comerciais, acaba por incorrer no risco de tornar-se um agente da aculturação nacional.

2 comentários:

  1. Será que ainda existem os "cavalos selvagens" do Lavrado?
    Este é um pedaço de Brasil só conhecido por ONG de finalidades duvidosas...
    Queira Deus que as crianças nascidas nesta década ainda possa chamar Roarima de Estado Brasileiro...

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  2. Olá amigo, ainda existem cavalos sim.É ,se depender da horrível atuação do Governo Federal Roraima corre sérios riscos de ser extirpada do território brasileiro em uma década. O pior é que o Governo Federal não faz absolutamente nada em relação a estas ongs.

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