


As fotos acima mostram as marcas da linha da água do extinto Lago Parima,Manoa ou Rupununi, descoberto em 1987 por Roland Stevenson e codescobridores, lago este tido historicamente como um mar interior de água salgada ou salobra do norte amazônico de dimensões comparadas ao Mar Cáspio que constituía o marco geográfico da Província Mineral do El Dorado. Essas linhas da água que circundam as elevações e montanhas do perímetro da savana bastante plana, impermeável e sazonavelmente alagável na atualidade, localizada na depressão da bacia dos rios de mesmo nome chamados Parima (Branco) em Roraima e Rupununi na Guiana, marcas estas perfeitamente horizontalizadas e niveladas a 120 metros a.n.m., constituem a prova definitiva de que o Lago Parima do El Dorado existiu de fato no passado recente. Lembremos que essa gigantesca savana amazônica de 80.000 quilômetros quadrados denominada em Roraima de Campos de São Marcos é situada em uma região que fatalmente deveria abrigar matas mais densas em razão dos motivos que serão minuciosamente citados no decorrer desse blog, além de encontrar-se exatamente na região considerada historicamente a localização clássica do Lago Parima do El Dorado. Mais ainda, essas linhas da água são em muitos casos representadas por gigantescas praias, com a imensa quantidade de areia comum a estas, tendo sido inclusive a capital Boa Vista contruída em sua maior parte com a areia dessas praias,o que talvez seja inclusive um caso de segurança pública por pooder talvez representar riscos para a construção civil. Não podemos apontar outra razão para o fato dessa savana apresentar em seu perímetro tais praias e linhas da água perfeitamente niveladas, senão aquela que indica ter ela constituído o leito um gigantesco lago recentemente extinto. Seria essa linha perfeitamente nivelada obra de um prodigioso acaso? É mais difícil ainda consideramos isso mera obra do acaso se observarmos que as menções históricas e tradições indígenas afirmavam de forma recorrente a existência de um gigantesco lago nessa exata região.Para nós, não é fruto de um prodígio sobrenatural essa linha perfeitamente nivelada a 120 a.n.m. que contorna essa savana quase continuamente em todo o seu perímetro, interrompendo-se somente nas regiões já modificadas pela ação humana, em tudo semelhante a uma linha da água de um grande lago extinto. Lamentavelmente, tais linhas d`água estão sendo destruídas pelos extratores de areia e tratadas de forma totalmente omissas pelas autoridades e pela grande mídia brasileira.Para nós,tais linhas valem muito mais culturalmente do que o Carnaval plastificado que esta tem exportado como o nosso símbolo nacional. Chamamos atenção para foto de baixo, na qual o geólogo do DNPM e codescobridor do lago Parima Gert Woeltje verifica em campo o nível das linhas d`água, o que levou-o a concluir serem marcas feitas na areia e na terra de um gigantesco lago extinto recentemente, por se apresentarem muito bem visíveis até os dias de hoje e por se situarem sempre na altitude de 120 a.n.m. O gigantesco valor cultural dessas linhas da água se deve ao fato de representrem a silhueta histórica do mundialmente célebre El Dorado, além de permitir-nos concluir seguramente ser a Província Mineral do El Dorado do Parima a valiosíssima província mineral cuja a existência já é comprovada nessa região. Mas, no "país do Carnaval", cujo símbolo nacional maior artificialmente criado remete às nossas piores mazelas culturais, o El Dorado está sendo esquecido pelos brasileiros, o que parece uma piada tragicômica semelhante àquela representada por nosso aviltante símbolo nacional. A grande mídia brasileira tem que reconhecer o seu papel como fomentadora e consolidadora do estabelecimento de uma identidade cultural nacional que simbolize os aspectos mais edificantes de nossa cultura, de forma a contribuir para a debelação dos aspectos culturais patológicos que adqurimos desde a época da colonização. A partir do momento que a grande mídia brasileira se exime o exercício desse papel pedagógico e se considera uma indústria com fins exclusivamente comerciais, acaba por incorrer no risco de tornar-se um agente da aculturação nacional.