domingo, 18 de dezembro de 2011

Ativos Reais X O Sonho do Pré-Sal .

O pré-sal não pode ser tido como um ativo real de primeira ordem até o momento em for extraído com sucesso o petróleo lá depositado,visto que as dificuldades técnicas e riscos ambientais podem inviabilizar a extração deste. Sendo que, até onde onde sabemos ,todos os testes realizados no pré-sal tiveram que ser interrompidos prematuramente devido à corrosão e que a quantidade de petróleo retirada foi muitíssimo inferior às estimativas, só pode ser considerado ativo real esse petróleo a partir do momento em que ele estiver na superfície. Sendo assim, até agora, só pode  ser tido como ativo real do pré-sal aquele petróleo que já foi retirado nos testes, ou seja, quase nada. Mas o Brasil está empenhando o pré-sal como se fosse atualmente um ativo real, sendo que ele não está entrando com capital na parceria para a extração desse petróleo, e sim com o o petróleo que ainda não foi retirado, e que provavelmente não poderá ser retirado com sucesso dentro dos próximos cinquenta anos.Então, falando a grosso modo , o Governo Federal está contando com o ovo antes da galinha, o que não é nada bom, se considerarmos que o valor deste "ovo" que está sendo empenhado atinge uma cifra verdadeiramente escandalosa. E isso pode constituir um dos maiores equívocos cometidos por nossos governantes em nossa história, pois pode não somente quebrar a Petrobrás e forças a sua privatização ,mas também gerar uma dívida vultuosa ao Brasil. Conquanto os marqueteiros do PT tenham apresentado midiaticamente o pré-sal como a nossa maior riqueza,isso não é bem verdade até o presente momento, pois todos sabemos que as dificuldades técnicas e prováveis acidentes ambientais podem por fim a este sonho antes mesmo dele virar uma plena realidade.Basta um acidente ambiental de grande porte na fase inicial de implementação do projeto de extração do petróleo lá depositado e acaba-se o sonho do pré-sal.E,no caso de projetos de tal complexidade técnica,acidentes dessa ordem são mais que esperados. Além disso,se acidentes ambientais em poços de baixa profundidade já são bastante difíceis de ser remediados,o que falar de acidentes em águas profundíssimas? Na verdade,o mais provável é que o sonho do pré-sal se transforme num pesadelo quando for plenamente colocado em prática, devido a inviabilidade da retirada de seu petróleo, o que deve causar ao nosso país um prejuízo de centenas de bilhões, além da derrocada da Petrobrás.

     Enquanto o Governo Federal superdimensiona propagandisticamente o valor do petróleo do pré-sal, o qual não representa absolutamente nada até agora em matéria de ativos reais, até que seja provada na prática a viabilidade técnica e ambiental de sua retirada, os nossos verdadeiros ativos reais estão sendo negligenciados. As grandes províncias minerais da Amazônia,que são comprovadamente os nossos verdadeiros ativos reais de primeira ordem a nível mundial, estão sendo ameaçados pela cobiça internacional,mas o Governo Federal não toma nenhuma ação efetiva, pois parece estar preocupado demais em defender o sonho do pré-sal. Enquanto isso,estimativas realísticas apontam que já foi extraída clandestinamente da Amazônia uma quantidade de ouro bem superior àquela que foi retirada em todo o nosso país na época colonial. Isso sem falar do diamante, nióbio e urânio que está sendo extraído clandestinamente nessa região. Sem qualquer dúvida,as divisas geradas clandestinamente pelo descaminho e contrabando desses ativos reais  atinge uma cifra das mais assustadoras, atingindo valores escandalosos e alimentando uma imensa indústria de corrupção.Se o pré-sal fosse visto na atualidade como um ativo real de primeira ordem pelos grandes capitalistas e potências internacionais,  poderíamos ter a certeza de que os Oficiais do Exército e da Abin nos teriam alertado sobre as manobras daqueles.Mas o Exército e a Abin só tem apontado para manobras desse tipo em relação às grandes províncias minerais brasileiras. Seria muito bom que o Governo Federal acordasse desse quimérico sonho para que pudesse começar a tratar da dura realidade doas nossos grandes ativos reais.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

"Pela Liberdade de Informação e Pelo Nióbio Brasileiro" ou "Agradecimento a Julian Assange"


Nesse momento extremamente difícil para o Wikileaks, declaro o meu mais profundo apoio a Julian Assange. Se os ... querem prender Julian Assange, por que não prendem primeiramente George Bush, por crimes contra a humanidade? Pela liberdade de Julian Assange, pois seu encarceramento representa o triunfo das forças obscurantistas que privam os povos do conhecimento acerca de questões capitais de suas histórias e de suas nações. Numa verdadeira democracia os eleitores tem o direito de saber tudo o que se passa em suas nações, nada pode ser ocultado ou manipulado, levando em conta que isso acaba por fortalecer demasiadamente certas Agências de Inteligência, tornando-as um poder quase autonômono,cujas origens não são legitimadas pelo consenso coletivo. Quando digo que nada pode ser ocultado, obviamente não afirmo isso de maneira absoluta e categórica, digo apenas que ,numa verdadeira democracia ,só a sociedade possui o direito de definir o que lhe pode ser ocultado, sendo que, por legítimas razões, na maioria das vezes relacionadas à segurança, raros tipos de informação não podem verdadeiramente ser de acesso irrestrito na época em que se sucedem. Mas, enquanto perdurar o sigilo, na maior parte das vezes sucederá exatamente o contrário, sendo que, nesse caso, os governantes e diplomatas arbitrariamente estabelecem quais informações podem ser de acesso público e quais não, o que acaba por extrapolar o poder que lhes é delegado democraticamente e por violar a liberdade de acesso à informação, que é garantida constitucionalmente em todos os países verdadeiramente democráticos. Com efeito, não florescerá uma verdadeira democracia enquanto prevalecer o sigilo. Não haverá verdadeira liberdade de informação enquanto perdurar o sigilo. O sigilo dá margem a pervertidas manipulações da verdade e da História, e uma civilização que manipula a verdade é uma civilização moribunda, ou uma vitanda assassina dos grandes triunfos da razão humana!!! O eventual fim do Wikileaks representa o triunfo de uma obscurantista idade de trevas. Como brasileiro ,agradeço a Assange por ter liberado importantes informações que dizem respeito ao meu país, e pelas informações ainda mais importantes que devem ser futuramente liberadas.

É importante que o cidadão comum brasileiro saiba que importantes setores da grande mídia de nosso país estão comprometidos com Agências de Inteligência ou interesses internacionais, tal como divulgado pelo Wikileaks, sendo este muitas vezes o motivo de informações de interesse capital para a nossa nação não serem divulgadas por certas emissoras televisivas. É deveras muito estranho que nunca sejam tratadas pela nossa grande mídia questões relacionadas ao El Dorado do Parima, ao Nióbio brasileiro, à Operação Surumu, aos problemas demarcatórios das grandes reservas indígenas de nosso país, entre muitos outros,e isso não parece ser obra do mero acaso, muito embora a nossa grande mídia brasileira não possa ser acusada de manipulação formalmente na Procuradoria Geral da República devido à falta de provas. Contudo, é de suma importância que a Procuradoria Geral da República, justificada pelas informações liberadas pelo Wikileaks, ordene que a PF investigue os suspeitos, de forma a condenar por espionagem e manipulação de informação os membros de nossa grande mídia que forem de fato agentes secretos da Inteligência estrangeira.


É importante sabermos que, tal como divulgado pleo Wikileaks, a partir do momento no qual o Brasil mudou diametralmente os rumos de sua política externa, o que o fortaleceu enormemente no mundo, aquelas agências e forças obscuras aumentaram o seu empenho em infiltrar seus colaboradores na grande mídia de nosso país, a fim de que esta propalasse as informações que fossem de seu interesse, assim como dificultasse a veiculação de assuntos a este contrários. É também importante sabermos que o nossas jazidas de nióbio vem despertando interesse estratégico de grandes potências estrangeiras,tal com foi aludido pelo Wikileaks. Com efeito, é hora do cidadão comum brasileiro se rebelar ante a manipulação da nossa grande mídia apontada pelo Wikileaks e a ocultação de informações de interesse prioritário, e começar a se atentar em relação à questão do nióbio, de modo a clamar por investigações que visem verificar se existem problemas em relação às maiores jazidas de nióbio da Amazônia,algumas delas situadas dentro dos limites da Província Mineral do El Dorado do Parima ,segundo informações ainda não confirmadas. Diversas irregularidades em relação a tais jazidas ,situadas extra-oficialmente em parte em reservas indígenas, foram divulgadas em sites ligados a oficiais do Exército, e isso merece ser apurado, diante das informações liberadas pelo Wikileaks. Ora, se no norte do Amazonas e em Roraima se situam de fato as maiores jazidas de nióbio do mundo,tal como vem sendo propalado em diversos sites, caso o Brasil perca o seu controle estratégico, não poderá estabelecer a cotação desse mineral,caso futuramente o deseje.Contudo, parecem não ser oficiais as informações sobre uma eventual jazida ainda maior do que a de Seis Lagos,a qual se situaria na Reserva Raposa Serra do Sol,tal como afirmam diversos sites. É preciso que o CPRM conclua as suas prospecções nessa região a fim de confirmar ou desmentir esses rumores, pois sem sem isso os políticos, a sociedade ,os analistas militares e os pesquisadores brasileiros não podem avaliar corretamente esse panorama. Abaixo, tecemos algumas especulações,as quais se mostrarão fundamentadas apenas no caso de serem fidedignos aqueles rumores.

Se as jazidas de nióbio de Minas Gerais e de Goiás estão protegidas, não havendo nenhum risco iminente em relação a estas, eventuais forças internacionais que desejassem controlar a cotação do nióbio tentariam assumir o controle estratégico sobre jazidas ainda maiores (norte do Amazonas e Roraima), de forma a garantirem a manutenção de seu controle ou infuência sobre tal cotação. Quando digo que não há risco iminente em relação às jazidas de Minas Gerais(Araxá),afirmo isso de forma restrita, considerando que, embora não exista risco de problemas de Segurança Nacional propriamente ditos nessa região, de uma certa forma ela já está sendo estrategicamente controlada por forças obscuras, pois o minério que sai de lá é vendido ao preço que é conveniente às grandes multinacionais, e não ao preço que é conveniente ao Brasil.

Provavelmente, as jazidas de nióbio amazônicas sejam de fato inviáveis para ser exploradas na atual conjuntura, mas isso não significa que elas não sejam valiosíssimas, uma vez que, se o Brasil perder o seu controle estratégico, não mais poderá estabelecer aquela cotação, uma vez que não mais será o real detentor de mais de 98% das reservas mundiais desse mineral, o que lhe confere poder de monopólio. Ora, se estas jazidas fossem exploradas em grande escala antes do Brasil assumir seu controle sobre tal cotação, o valor de mercado do nióbio despencaria, o que inviabilizaria a sua exploração. Por outro lado, se o Brasil estabelecesse a cotação do Nióbio e a colocasse num valor 20 vezes superior ao atual, aquelas jazidas viriam a ser consideradas viáveis para exploração, sendo que o valor do mineral seria muito superior ao custo para a sua retirada e beneficiamento, e isso mostra o quanto aquela cotação pode sofrer oscilações. Então, se o Brasil estabelecesse tal cotação, os seus atuais estipuladores tentariam assumir o controle estratégico sobre as jazidas do norte do Amazonas e de Roraima situadas em reservas indígenas, de forma a recuperarem a influência sobre aquela, numa chantagem velada que visaria reduzir o valor do mineral ao preço que lhes fosse conveniente. Obviamente, não é de interesse das grandes potências uma brusca valorização do nióbio. Assim, caso o Brasil não cedesse a essa hipotética chantagem,esses eventuais especuladores, que devem servir até certo ponto os interesses de multinacionais estrangeiras, acabariam por assumir o controle estratégico sobre aquelas jazidas situadas em reservas indígenas. Se esse intrincado e perigoso cenário de fato se descortina tal como nos permitem deduzir declarações de oficiais do Exército assomadas àqueles rumores e aos documentos do Wikileaks, só pormenorizadas investigações poderão nos revelar. Mas, de qualquer forma uma coisa é fato: Os especuladores que porventura assumirem controle estratégico sobre sobre a Província Mineral do El Dorado do Parima, se é que já não o assumiram, mesmo que não a explorarem, poderão influenciar e agir sobre a cotação de diversos minerais de valor estratégico. Portanto, abaixo aos especuladores e grandes capitalistas que veem os santuários ecológicos e culturais como palcos de sua sua desprezíveis jogatinas!!! Por fim, meus profundos agradecimentos a Julian Assange, por ter fornecido uma peça importante para a futura resolução desse "quebra-cabeças"que ainda não foi montado, sabendo que a sua liberdade representa o triunfo da democratização da verdade.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

"Brasil: Um país culturalmente em ruínas"ou "IPHAN :Um Instituto em ruínas"


Antes de discorrer sobre os vultuosos problemas culturais brasileiros, no que se refere sobretudo ao nosso patrimônio cultural material, devo expor as minhas críticas severas à gestão do PT no campo cultural e à Ministra da Cultura, da qual esperávamos uma atuação muito mais hábil no campo relacionado com a nossa história, por ser ela filha de um dos maiores historiadores do nosso país, herdeira do gigante que é Sérgio Buarque de Holanda, cujo espírito deve estar profundamente entristecido para com aquela que deveria ser uma herdeira de seu precioso legado. Para fazer alguma coisa de verdadeiramente útil, em primeiro lugar, a nossa Ministra da Cultura deveria remover de seu cargo o Presidente do IPHAN, e mudar diametralmente a direção e os paradigmas de tal Instituto, considerando não somente o fato deste estar perdendo oportunidades de tombamento de Patrimônios Mundiais, devido em parte a sua omissão em relação aos Caminhos Antigos, mas também aos outros motivos tratados abaixo.

Como historiador marxista que sou, esperava que o Ministério da Cultura se empenhasse em desarticular os lobistas da área patrimonial, os quais tem sido os principais responsáveis pela obliteração dos aspectos maiores de nossas tradições cultural-religiosas ,ao monopolizarem para si mesmos as verbas para a preservação patrimonial. Dentre esses lobistas, que monopolizaram as verbas para a preservação patrimonial no Brasil, em primeiro lugar se situam as dioceses e arquidioceses da direita da Igreja Católica, a qual violentou como um licencioso carnífice, assim como continua a violentar, as nossas tradições cultural-religiosas indígenas não somente através daquela ação monopolizante. Não obstante, tais tradições teriam que ser tratadas pelo Estado como os aspectos maiores de nossa cultura, devendo, portanto, ser protegidas acima das tradições estrangeiras. Em segundo lugar, depois da Igreja Católica, se situam os Governos Estaduais com seus lobistas patrimonais, que veêm o tombamento com uma distorcida visão pragmática, quase sempre como um meio para a realização de grandes projetos turísticos, colocando o valor cultural de um sítio em si mesmo como algo de segunda ordem, abaixo do seu valor turístico, o que consiste numa pervertida inversão de valores. Trataremos desses dois grandes agentes aculturadores nesse texto, demonstrando o quanto a ação monopolizante de seus lobistas vem sendo perniciosa para a nossa cultura. Como católico da Teologia da Libertação que sou, defendo uma Igreja de pobres que lute pelos pobres, sendo qualquer visão contrária a esta historicamente estranha ao cristianismo primordial de tendência ebionita, o qual inclusive foi perseguido pela própria Igreja Católica, quando o grande Tebutis, herdeiro da tradição apostólica judaico-cristã de Tiago e do evangelho primordial, foi condenado ao anátema pelos cristãos helenizados da corrente paulina, tal como aludido na História Eclesiástica de Eusébio de Cesareia. Sendo assim, faço tais críticas à Igreja Católica no campo patrimonial , não como um inimigo, mas como um livre fiel esquerdista não submisso ao poder do Vaticano, mas apenas ao dos clérigos pobres de esquerda, que lutam pelos direitos dos oprimidos.

Depois de terem sofrido por mais de um milênio os mais pervertidos e hediondos abusos da Igreja Católica, após a Revolução Francesa diversos países começaram a erigir o que veio mais tarde a ser chamado de Direito Eclesiástico de Estado, visando garantir ao povo o direito a liberdade religiosa ,assim como assegurar que todas as crenças fossem tratadas igualmente pelo Estado, de forma a acabar com os réditos e vantagens financeiras que antes eram conferidos exclusivamente à Igreja Católica. Mas ,aqui no Brasil o Direito Eclesiástico de Estado parece não existir, sendo que a Igreja Católica monopoliza as verbas para a preservação patrimonial de sítios com valor histórico-religioso, não tendo o PT nada feito até agora contra essa ação monopolizante. Centenas de pomposas igrejas coloniais são tombadas, enquanto os sítios tidos como sagrados por nossos indígenas não são nem mesmo registrados pelo IPHAN. Por que os sítios tidos em conta de sagrados por nossos indígenas nunca são tombados pelos Iphan, enquanto centenas de igrejas coloniais o são?

No que concerne a tratar sítios históricos ou arqueológicos de valor religioso com equanimidade independente do credo apregoado pelos seus edificadores, devemos reconhecer que foram realizados pelo PT alguns tombamentos pelo IPHAN de terreiros históricos de Candomblé durante a sua gestão no Governo Federal, mais isso é uma vergonha digna de pilhérias, pois aquele partido deveria anunciar um programa para o tombamento como Patrimônio Nacional de pelo menos cem terreiros de Candomblé, se pretende tratar de fato as religiões com igualdade, tal como propõe o Plano Nacional de Proteção à Liberdade Religiosa. Já, em relação aos sítios tidos como sagrados pelos nossos indígenas ,a situação é ainda pior, visto que não foram feitos quaisquer esforços no sentido de seus tombamentos, não obstante tenha sido criado aquele plano.

É certo que na gestão de Gilberto Gil houve um grande empenho deste rumo a um programa mais extenso de tombamento de sítios históricos de valor religioso para as tradições afro-brasileiras, mas parece que esse esforço não vingou como deveria,provavelmente devido à ação daqueles lobistas.Já ,quanto a sítios de valor histórico-religioso para os indígenas,não foi anunciado qualquer plano de tombamento, mesmo que modesto como o pertinente às tradições afro-brasileiras. Nesse caso, parece que o setor que possui lobistas mais fracos é o contemplado com menos recursos, e isso é um grande fator obliterador de nossa cultura. Para fazer valer o nosso Direito Eclesiástico de Estado, o IPHAN teria que cortar por pelo menos cem anos anos quaisquer verbas destinadas a preservação de templos coloniais da Igreja Católica, como forma de compensar os séculos de prevalência desta, que se perpetuam até os dias hodiernos. Como se não bastasse ter a Igreja Católica pilhado impunemente por séculos o nosso ouro com que suas igrejas coloniais são construídas, ela ainda exige que os governos estaduais e federais as conservem, enquanto a Vaticano acumula uma fortuna adquirida em grande parte por meio de mais de mil anos de espoliação. Pelo menos, o IPHAN deveria criar um "sistema de cotas", de forma que os recursos para esse campo fossem divididos igualmente, de forma que fosse destinada a mesma verba para igrejas coloniais, sítios históricos tido como sagrados pelos afro-descendendes e sítios históricos e pré-históricos tidos como sagrados pelos indígenas.

Para ilustrarmos o outro problema de que tratamos, representado pelo pragmatismo dos lobistas dos governos estaduais, que veem normalmente no tombamento um meio para a consecução de grandes projetos turísticos, analisemos a incompetente proposta de tombamento para a Estrada Real que chegou ao IPHAN e que foi por este articulada ,a qual ia ser concluída criminosamente caso não tivéssemos a denunciado na Procuradoria da República. No caso da Estrada Real, seria tombado um circuito turístico artificialmente criado, em detrimento das vias antigas em si mesmas, as quais não foram nem mesmo levantadas em seu traçado por meio de pesquisas arqueológicas. Assim,as reminiscências das vias antigas,que inclusive deram o nome a Estrada Real, iriam ficar em sua maioria fora do projeto de tombamento, o que é um total despropósito,denotando que este projeto de tombamento seria de extrema inconsistência. Mas ,a UNESCO não tombaria um circuito turístico artificialmente criado. A UNESCO tem como uma de suas prioridades no campo da cultura tombar caminhos antigos, e não projetos turísticos artificialmente criados que utilizem a nomenclatura desses caminhos como "nomes fantasia" .Lembremos que a Estrada Real, excetuando o Caminho Novo, é indubitavelmente composta por caminhos indígenas muito antigos,alguns de valor religioso para as nossas tradições nativas, como o Caminho do Sapucaí, que consistia num ramal do Caminho do Peabiru.Mas, como afirmamos anteriormente, o Estado e os Governos Estaduais criminosamente não tombam sítios históricos indígenas,numa grave infração à nossa legislação no campo de preservação patrimonial, assim como ao Direito Eclesiático de Estado. Assim, devido à ação desse lobistas, estão sem qualquer proteção os Caminhos Antigos, que são uma das proridades de tombamento pela UNESCO em todo o mundo. Portanto, o Brasil tem perdido grandes oportunidades de tombamentos de Patrimônios Mundiais, devido a sua total omissão em relação à preservação dos Caminhos Antigos de nosso país em si mesmos, e à incompetência dos politiqueiros do patrimônio,que querem tombar mais templos coloniais da Igreja Católica e centros históricos.

Como se não bastasse isso, como pesquisador de cultura brasileira que sou, a cada dia me chegam novas notícias sobre sítios arqueológicos, muitos de valor religioso, totalmente ignorados pelos arqueólogos e pelo CNA do IPHAN, sítios esses que poderiam mudar a nossa visão da pré-história brasileira. É preciso notar que,em sua maioria, sítios arqueológicos indígenas possuem também valor religioso, devendo, portanto, ser tombados,assim como o patrimônio histórico-religioso de outras religiões. É muito provável que boa parte de tais sítios sejam resultado do contado entre população indígenas locais e andinas. Megalitos, balizas, muros de pedra pré-históricos, pequenas ruínas de pedra, monumentos de cunho astronômico ,inscrições rupestres incas, tudo isso vem sendo totalmente ignorado pelo IPHAN e pela arqueologia brasileira, que acaba a servir àqueles lobistas que deveriam ser tidos como seus principais inimigos. Como exemplo maior dessa omissão,chegamos ao cumulo do absurdo, ao vermos ser totalmente ignorado pelas autoridades e pelo IPHAN o extinto Lago Parima do El Dorado ,que deveria ser tido como o nosso Patrimônio Histórico Maior,além de ter este valor religioso, como no caso da tradição Tukano do Lago de Leite . Mas, nesse caso, isso se deve provavelmente a lobistas de ordem muito diversa dos tratados acima, e que estão entre os mais poderosos do mundo, ou seja, do seleto grupo de especuladores que regula a cotação dos metais e pedras preciosas, tratando-se ,no caso específico,provavelmente dos que manipulam as cotações do ouro, do diamante, do urânio e do nióbio. Assim, a Cultura Brasileira está em ruínas, vítima da ação de toda a sorte de forças e lobistas com interesses desvirtuados, na maior parte dos casos totalmente alheios à cultura em si mesma. E o IPHAN, que deveria defender o nosso patrimônio e a nossa cultura,acaba por tornar-se um dos principais agentes da aculturação nacional, ao fazer-se refém da ação daqueles lobistas. Enquanto o Ministério da Cultura não mudar diametralmente a sua direção ele estará agindo, até certo ponto e de forma restrita, como grande um agente aculturador.

sábado, 8 de outubro de 2011

Há meses findaram-se temporariamente as inundações na região do Parima , mas fica um alerta aos estultos políticos brasileiros.

Há meses findaram-se temporariamente as grandes inundações sazonais que acometeram o leito do Lago Parima ou Rupununi do El Dorado este ano e que unificaram as águas das bacias dos rios Branco e Tacutu , formando em Roraima e no norte da Rupununi Savannah um corpo d´água que pode ter atingido as vultuosas dimensões de cerca de 20.000 quilômetros quadrados. Mas, fica um alerta aos estultos políticos brasileiros a respeito do nosso maior problema de Defesa Civil : Se, nos próximos anos, o nível desses alagamentos subir um metro e meio a mais do que se sucedeu na última cheia, poderá ocorrer nessa região uma catástrofe natural de dimensões sem precedentes em nosso país e na Guiana. A maior parte dos municípios de Roraima se situa sobre o leito de um lago extinto que, nas últimas cheias, foi parcialmente reativado, e isso é um problema de defesa civil de dimensões assustadoras. Obviamente ,se essa catástrofe se suceder ,responsabilizaremos juridicamente o Governo Federal e a Senhora Presidenta Dilma. Nota zero para a Presidenta Dilma e para a grande mídia brasileira na Amazônia. Aproveitamos para dar parabéns à mídia brasileira, em razão desta estar se tornando uma das campeãs mundiais da disseminação de lixo cultural ,ao invés de colocar em pauta assuntos dessa gravidade. A Presidenta Dilma deveria criar o bloco do "Lixão Cultural" ao lado da Ministra da Cultura e convidar para um desfile de carnaval os estriões donos da grande mídia brasileira ,para celebrar a manipulação da descoberta do El Dorado do Parima, as muitas dezenas de toneladas de ouro lá garimpadas ilegalmente,a morte de milhares de indígenas devido as pestes ocasionadas por este garimpo, e o risco de vida de dezenas de milhares de pessoas num possível alagamento futuro de proporções por nós antes nunca enfrentadas. No centro desse desfile deveriam ficar o Secretário de Defesa Civil, os Presidentes do Iphan e do IBGE, os Ministros da Cultura, da Ciência e Tecnologia e do Meio Ambiente. Que esse bloco celebre num indigesto banquete, tão fétido quanto esse putrefeito lixo cultural, as dezenas de milhares de desabrigados e os milhares de mortos que se sucederão no caso das cheias do Parima atingirem nos anos que sobrevirem um metro e meio a mais do que as desse ano.Se a nossa produção de lixo cultural continuar a se avultuar, em breve nos tornaremos a latrina cultural do mundo, de forma a termos a nossa cultura nativa sepultada nesses monturos pestilentos.E, se esse lixo cultural continuar a obliterar os aspectos maiores de nossa cultura, de forma que os problemas da descoberta e da parcial reativação do Lago Parima do El Dorado continuem a ser negligenciados, milhares de vidas poderão pagar o preço dessa ominosa omissão. E Viva o País do Carnaval!!!!

terça-feira, 14 de junho de 2011

Parabéns às Forças Armadas pela atuação no apoio às vítimas dos alagamentos do antes extinto e agora semi-desperto Lago Parima do El Dorado em Roraima

Diga não ao sigilo eterno de documentos oficiais históricos.

O povo brasileiro não pode ser privado do direito de conhecer a sua história ,diga não ao sigilo eterno de documentos oficiais históricos. Parabéns ao deputado Marco Maia(PT-RS) pela proposta de dar fim ao sigilo eterno de documentos oficiais. Se existem feridas mal cicatrizadas a serem abertas, então que se abram elas, a fim de serem ulteriormente cauterizadas. O argumento de José Sarney de que o fim do sigilo eterno constituiria o "Wikileaks da História Brasileira" é injustificável e absurdo ,qualquer aprendiz na área de Inteligência sabe que o Wikileaks não teria nem uma décima parte de seu poder destrutivo para a diplomacia se expusesse informações sigilosas de cinquenta anos atrás ,como seria no nosso caso. É óbvio que o Wikileaks abalou de tal forma a diplomacia unicamente por apresentar informações "quentes", cujos agentes ainda ocupam os altos escalões do poder, e não coisas do tempo da vovozinha, como será o caso do Brasil se o sigilo eterno for abolido. Como muitos milhões de brasileiros ,suspeitamos que a estratégia de José Sarney seja uma manobra política. Será que ele expôs aos brasileiros de fato todos os documentos sigilosos do Itamaraty da época em que foi Presidente?Em diversas entrevistas ouvimos que ele afirmou ter liberado todas as documentações sigilosas daquela época ,mas será isso verdade? Não merece esse assunto uma apuração informal de nossa grande mídia? Será que existe sujeira brava e acordos ocultos recentes sobre as regiões de fronteira da Amazônia? Se existirem, a sociedade brasileira não pode ser privada do direito de saber. Será que a descoberta do Lago Parima e da Província Mineral do El Dorado do Lago Parima estão sendo tratadas como questões sigilosas? É provável que sim. Nesse caso, teríamos um caso abominável de manipulação e ocultação de nossa Cultura, História e Ciência, o que é inadmissível e vergonhoso. Será que existem outras questões relacionadas que estão sendo escondidas da sociedade brasileira pelo Itamaraty desde o Governo Sarney até o atual? Se pudéssemos respondê-las de forma definitiva e fundamentada em provas , obviamente não estaríamos fazendo tais perguntas.

Sem qualquer dúvida, os documentos sigilosos brasileiros teriam muito menos sujeira do que aqueles dos países desenvolvidos imperialistas. Como país, não teríamos nada a temer nem a que nos envergonhar, se nos compararmos com aqueles países. Provavelmente, nossos "inocentes" documentos queimariam apenas os seus protagonistas, mas eles nem estariam vivos para ver seus nomes ser execrados quando tais documentos fossem liberados, cinquenta anos após a sua emissão. O fim do sigilo eterno é a garantia de que todos os atos sigilosos dos Presidentes e diplomatas brasileiros serão julgados pela História e pelas gerações futuras. Se é terrível a impunidade em sua manifestação comum, imaginemos então quão mais terrível é a impunidade eterna...

Nada melhor do que essa grande enchente para provar de forma definitiva que estamos corretos.


Nada melhor do que a grande enchente que acomete a savana de Roraima e o norte da Rupununi Savannah para provar que estamos corretos em relação à descoberta do extinto (nem tão extinto assim)Lago Parima ou Rupununi do El Dorado. Que essa grande cheia cale de vez a boca dos arrogantes cientistas que atribuem a uma eventual seca, e não a alagamentos, a vegetação graminosa de tal savana. Agora, é preciso dizer que, se o Governo Federal continuar a negligenciar covardemente a nossa descoberta, ele será responsabilizado juridicamente por quaisquer eventuais perdas materiais e humanas decorrentes dessas inundações. Que todos reflitam sobre o fato de que a negligência em relação à nossa descoberta pode colocar em risco milhares de vidas. Acordem histriões e arlequins da política brasileira, a savana de Roraima é o leito de um lago extinto que, como vemos agora, não está tão extinto assim!!! Que todos aqueles que participaram ativamente da negligência ou da ocultação dessa descoberta assumam pelo menos perante as suas consciências, no caso da parte dos ocultadores que não for responsabilizada juridicamente, o peso de se fazerem responsáveis pela negligência em relação à milhares de vidas em situação de severo risco. Enfim, demos um xeque-mate em todos aqueles que negligenciaram a nossa descoberta !!!Talvez eles aceitem ser chamados de manipuladores. Mas aceitariam eles ser cruciados ao fazerem-se desumanos e covardes assassinos, no caso de se suceder uma catástrofe futura nessa região?

domingo, 12 de junho de 2011

Por motivos de força maior, a nossa nova teoria não poderá ser publica nesse blog por agora.

Pedimos desculpas ao estimado leitor, mas chegamos à conclusão de que a nossa nova teoria sobre o Lago Parima não poderá ser publicada nesse blog por agora. Devemos publicá-la em primeira mão numa obra em que colaboraremos com o autor e descobridor Roland Stevenson. Pedimos que nos entendam os leitores, pois não podemos publicar essa teoria na rede sem antes garantirmos de todas as formas possíveis os nossos direitos autorais sobre ela.

No País do Carnaval a Riquíssima Roraima é Tratada como uma Reles Esmoleira.





















Diante da dimensão da calamidade ocasionada pelas gigantescas inundações respeitantes à reativação parcial e em caráter sazonal do extinto Lago Parima do El Dorado, a cifra irrisória de quinze milhões de reais liberada para Roraima pelo Governo Federal parece uma humilhante migalhice. Nossas severas críticas à atuação do Governo Federal em Roraima e em toda a Amazônia. Para o Governo Federal o El Dorado do Lago Parima não vale absolutamente nada, conquanto provalmente constitua a maior e mais valiosa província mineral do mundo. No carnavalesco País do Futebol o El Dorado do Lago Parima vale tanto quanto um cacho de bananas!!! Que demos então para os governantes do País do Futebol o troféu banana de ouro feito com as mais de cinquenta toneladas de ouro pilhadas dos indígenas do EL Dorado do Parima, assim os nossos políticos poderão empenhar tal troféu para custear uma parte das vultuosas dívidas advenientes da futura copa do mundo!!! Mas, antes do Governo Federal empenhar o nosso troféu banana de ouro, pedimos que, no ano da copa do mundo do Brasil, este troféu seja o motivo de um pomposo carro alegórico na Marquês de Sapucaí, inspirado no El Dorado do Lago Parima, todo feito de ouro e diamante e decorado com exuberantes bananas desse mesmo metal,para que atinja o clímax a insana embriaguez da nossa apoteose carnavalesca e futebolística.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Estará acordando o Gigante Adormecido da Amazônia que é o Lago Parima?




Roraima está em estado de calamidade por causa das chuvas
























Há muitos anos alertamos de forma recorrente ao Governo Federal de que a savana de Roraima e da Guiana é o leito de um gigantesco lago extinto, o Lago Parima do El Dorado, o que implica na possibilidade de imensos alagamentos nessa região, no caso de se sucederem cambios climáticos como os que se sucedem agora, os quais reativariam parcialmente aquele antigo lago como está ocorrendo. Alertamos que os alagamentos dessa região não são de ordem comum, mas que se tratam da reativação parcial e em caráter sazonal de um imenso lago extinto, o que os torna extraordinários e muito mais perigosos. Nada melhor que as atuais cheias para demonstrar que estamos corretos em relação à nossa descoberta, todo o mundo está vendo o gigante adormecido que é o lago Parima acordar parcialmente, ostentando agora uma boa parte da majestosa grandiosidade com que era revestido no passado. Mas, o governo nos negligenciou irresponsavelmente, e os danos acarretados por tais inundações são o severo preço que estão pagando por essa negligência. Que arque o Governo Federal agora com os custos dessa desumana irresponsabilidade e que reze para as chuvas não continuarem. Que o furioso despertar parcial do Lago Parima acorde os estultos políticos brasileiros de seus patéticos e burlescos transes carnavalescos e futebolísticos, assim como da vergonhosa ignorância destes em relação aos aspectos maiores de nossa cultura nativa. Atribuímos a responsabilidade por estes alagamentos à grande mídia e ao Governo Federal que, ao negligenciaram irresponsavelmente e de forma criminosa a nossa descoberta, não alertaram à população sobre o fato de que a referida savana foi um imenso lago no passado recente, o que implica que aquela pode voltar a sê-lo parcialmente como está se sucedendo. Parabéns ao PT por sua total ignorância em relação aos aspectos maiores da cultura da Amazônia!!! Que eles paguem então na Justiça o preço por essa brutal ignorância.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

A nova teoria já foi redigida e registrada.

A nova teoria sobre o Lago Parima já foi devidamente redigida e protocolada junto aos órgãos competentes. Pedimos que o leitor aguarde , pois ela será publicada em partes. Adiantando, quanto ao fato das marcas das linhas da água do lago extinto não se apresentarem sempre na mesma cota,devemos dizer que isso indica que tais linhas representam diversas fases dos ciclos de extinção ou de enchimento do lago. Prometemos uma importante surpresa para o leitor ainda esse mês!!!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Parabéns à atuação da OEA em relação à Belo Monte.

Infelizmente, teremos que dar os nossos efusivos parabéns à OEA em relação à sua excelente atuação contrária a implementação da usina de Belo Monte. Nossos políticos ignotos terão que abrir seus olhos estultos diante do risco que representa o fato de diversos intelectuais e indigenistas brasileiros estarem apoiando a atuação da OEA em Belo Monte.Quanto a nós,esperamos que o Ministério Público vede essa implementação,a fim de que isso não tenha que ser feito por uma instituição estrangeira. Se esses políticos estultos pensam que irão transformar as reservas indígenas da Amazônia em canteiros de grandes obras ou em lavras para mineração, é bom que saiam de seus transes carnavalescos e acordem para a realidade,o mundo não permitirá isso. Se o Brasil não tem competência para garantir que essa usina não cause severos danos sócio-ambientais, já deveria ter ele mesmo desistido dessa idéia. Se o Brasil optou por seguir os caminhos do desenvolvimentismo, que não force os indígenas a fazerem o mesmo contra a vontade deles. Tenhamos ombridade e assumamos nós mesmos os terríveis custos ambientais do pútrido "desenvolvimento" que apregoamos. Se estamos com problemas para assegurar o fornecimento energético necessário para suprir a frenética demanda de nosso desenvolvimentismo, não temos o direito de onerar indígenas inocentes com os pesados custos do caminho que escolhemos para a nossa civilização .Se caminhamos febrilmente rumo à auto-destruição, não imputemos esse mesmo caminho aos indígenas, mas carreguemos dignamente nós mesmos as acérrimas pestes de nossa moribunda civilização .

quinta-feira, 17 de março de 2011

Nova teoria sobre o Lago Parima


Depois de corrigirmos alguns erros de Stevenson relacionados à topografia da grande savana de que tratamos, elaboramos uma nova teoria sobre o Lago Parima do El Dorado. Temos a certeza de que, uma vez corrigidos esses erros e revistas algumas de nossas proposições refutadas por nós mesmos, a descoberta do Lago Parima se mostrará mais sólida do que nunca, de forma a resistir facilmente a qualquer confronto dialético e empírico com as teorias divergentes. Depois de redigirmos e registrarmos essa nova teoria que já foi inteiramente elaborada, o que constituiu uma tarefa bastante complexa, a publicaremos nesse Blog. Pedimos os leitores que aguardem a publicação. Enquanto isso ,retificamos um erro que aparece na obra de Stevenson e nesse blog, fazendo notar que as linhas d`água que circundam e delimitam essa savana não podem aparecer sempre na mesma cota de 120 metros a.n.m., uma vez que aquela supera em muito essa altitude em algumas de suas porções, embora apareçam de fato tais linhas na referida cota nos locais que foram examinados em campo por Stevenson. Pedimos que o leitor aguarde pacientemente os nossos devidos esclarecimentos, os quais serão postados dentro de menos de um mês,visto que temos uma tarefa árdua pela frente, que é a de redigir a complexa teoria por nós elaborada.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Precisamos conhecer mais a parte da cultura e da história da Inglaterra que nos diz respeito, assim como os historiadores e indigenistas ingleses.


Visto que o capítulo mais grandioso e épico de nossa história, constituído pelo El Dorado do Parima, está intimamente relacionado à cultura e à história da Inglaterra, como descendente de ingleses penso que devemos nos aproximar culturalmente desse país , que muito admiramos em vários aspectos. Os nobilíssimos ideais românticos de Sir Walter Raleigh, que é um dos mais importantes personagens da história daquele país, e o profundo interesse pela libertação do Império Inca frente ao domínio espanhol desse poeta de ideais libertadores, fizeram com que eu me apaixonasse pelos sonhos românticos do grande homem que ,ao lado do descobridor Roland Stevenson, com muita honra e exultação redimimos junto à história da humanidade. Esperamos que a Inglaterra, como o país do mundo que mais preserva a sua história e cultura, contribua conosco para redimir tal memória, a fim de reparar a terrível injustiça por este país cometida contra Raleigh no passado. Enquanto a Inglaterra não proceder de tal forma, sua Justiça e sua História estarão manchadas com os mais ultrajantes estemas, que a envergonharão pelos séculos vindouros e acabarão por romper-se em fétidas chagas. Se a Inglaterra não agir assim, poderá se considerar um país que está em vias de aculturar-se, se tornando semelhante ao Brasil nos aspectos que condena neste país, no que se refere à omissão em relação à proteção dos Indígenas e dos capítulos maiores de sua cultura e história. Em nome da cultura e da história do Brasil e da Inglaterra, peço que estes países se unam para restituir a memória desse grande homem, e para devolver aos nossos povos um dos capítulos maiores de suas histórias, que lhes é de direito. Enquanto estes dois países forem omissos em relação a esta questão, estarão se portando como manipuladoradores ,obliteradores e ocultadores de suas histórias e culturas, o que os coloca na categoria das nações de segunda classe. Mas, como a Inglaterra não é um país de segunda categoria no quesito memória, pode-se considerar quase certo que tal país esteja tratando desse assunto de forma extra-oficial, o que com certeza não deve ser aprovado povo brasileiro, e muito menos pelo povo inglês.

Não podemos simplesmente expulsar a Survival International de Roraima e do norte do Amazonas como o fez Evo Morales na Bolívia, devemos aprender também a conhecer a gloriosa parte de nossa história e cultura que foi por nós brasileiros mais violentada. Aqui no Brasil o problema é bem mais complexo do que na Bolívia, e a sua resolução exige diálogo aprofundado. Conquanto seja eu um patriota e defensor da Soberania Nacional, acredito que a atuação da Inglaterra na Amazônia até certo ponto remeta aos nobilíssimos ideais libertadores de Raleigh, consituídos nesse caso por grande respeito e proteção aos indígenas. Não devemos ficar apenas criticando a atuação da Inglaterra na Amazônia, pois uma grande parte dessa atuação é verdadeiramente louvável e bem vinda, mas devemos também aprender a escutar com sabedoria algumas críticas severas e legítimas sobre a nossa atuação na região, a fim de irmanar as duas nações que mais se interessam pela história, pela cultura e pela ecologia da Amazônia, que são o Brasil e a Inglaterra, de forma que esta irmanação corporifique o nobílissimo espírito de Sir Walter Raleigh, desde que isso respeite a integridade e inviolabilidade de nosso território. É certo que eles também devem ser humildes e ouvir envergonhados às críticas legítimas que nossos indígenas fazem ao modelo de desenvolvimento desenfreado e evolução pregado pelos países do primeiro mundo, uma vez que esse modelo deve resultar brevemente no colapso ambiental mundial. Que eles escutem humildemente as críticas de nossos indígenas, que são os maiores ecologistas do mundo, em relação às mazelas da Revolução Industrial e àquilo que pelos europeus é chamado de desenvolvimento, a fim de que o nosso planeta encontre uma visão salvífica que seja um meio termo equilibrado entre a dos nossos indígenas e a dos europeus, de modo a vencermos o maior desafio de nossa história, o de revertermos os danos causados ao nosso planeta pela Revolução Industrial.

Escutemos então humildemente da mesma forma as críticas legítimas que os especialistas ingleses fazem em relação a determinadas regiões da Amazônia, assim como às políticas e legislações indígenas relacionadas, e vejamos quais delas são fundamentadas e quais não o são. Vejamos o que tem fundamento e o que eventualmente não o tenha na Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas da ONU que os brasileiros tem criticado sem apresentar argumentos consistentes em tais críticas, coloquemos tudo numa balança e, por fim, encontremos um meio termo, de forma a conciliar os Interesses Nacionais com os da ONU. Não fiquemos criticando como pirracentas crianças essa declaração sem antes reconhecer com atilado discernimento o que nela existe de realmente nobre, edificante, didático e belo, de forma a tentar conciliá-la com a futura legislação nacional. Não sejamos cegos, segundo a legislação da ONU as reservas minerais de subsolo de uma determinada região indígena são de propriedade desses indígenas. E isso é errado ou é edificante e libertador? Se o Brasil quer minerar em Territórios Indígenas ,coisa a que somos diametralmente contrários, é bom a pensar na possibilidade de dividir meio a meio com os indígenas o direito sobre a jazidas minerais de seus territórios ,talvez assim o Brasil agisse de forma mais sábia do que faz agora, pretendendendo oferecer a eles royalties miseráveis de 2,5% como propostos na PL 1610/96. Acaso pensamos que não seremos brutalmente criticados por instâncias interncionais se aprovarmos tal lei e transformarmos nossos indígenas em esmoleiros através daqueles royalties miseráveis? Mas como esse seríssimo problema só vai estourar se aquela PL for aprovada, é melhor que a mineração em Teritórios Indígenas continue a ser proibida no Brasil, coisa que sem dúvida será apoiada pelos ecologistas brasileiros e ingleses

Devemos, igualmente, examinar o que existe de belo e o que existe de injusto e vergonhoso na parte de nossa atual e futura legislação que diz respeito aos Direitos dos Indígenas. Por acaso achamos que ,com a aprovação desse medíocre Estatuto dos Indígenas que está sendo redigido, resolveremos esse problema internacional? Quem pensa assim está redondamente enganado. Grandes problemas virão no futuro se pensarmos assim, e se aprovarmos a mineração em territórios indígenas, estejamos certos disso. Vejamos as críticas que a Survival International e o seu grande historiador John Hemming, um dos maiores e mais respeitados especialistas da história dos Incas e dos indígenas da Amazônia, a quem dedico o mais profundo respeito, fazem à política e legislação indigenista brasileira, assim como ao tatamento dado à história dos indígenas pelo nosso Ministério da Cultura. Sem qualquer dúvida ,John Hemming possui um trabalho de historiador e indigenista da mais alta envergadura e respeitabilidade, podendo ser tido como o segundo maior pesquisador da Amazônia e do El Dorado, perdendo somente para Roland Stevenson. Perguntemos também a Hemming, que é um grande especialista, quais são as suas críticas em relação à vergonhosa PL1610/96 e ao nosso medíocre Estatuto dos Povos Indígenas, e analisemos friamente se estas são ou não legítimas. Pelo menos uma parte com certeza será legítima e conciliável os Interesses Nacionais, com toda a certeza. Só assim ,poderemos receber importantíssimas contribuições para o aprimoramento de nossa legislação e para a preservação das culturas indígenas da Amazônia. Dialoguemos com o Príncipe Charles, que é um dos maiores ecologistas e protetores da cultura da Amazônia e sigamos como aliados para com os indigenistas ingleses fazermos uma parceria , a fim de que possamos realizar juntos o máximo que pudermos pela preservação da Cultura dos indígenas e da ecologia da Amazônia.

Só depois de examinarmos a nossa vergonhosa legislação ,assim como a nossa triste atuação em relação à nossa história e às nossas culturas indígenas, poderemos criticar legitimamente a atuação da Inglaterra na Amazônia. Acho muito melhor nos aproximarmos dos Ingleses e dialogarmos mais abertamente do que tratarmos dos problemas da Amazônia como se eles dissessem respeito somente ao Brasil, o mundo sabe que não é bem assim. Conciliarmos abertamente os interesses internacionais com os nacionais sobre a Amazônia é um grande desafio que exige maturidade, diálogo ponderado e amigável. Para esse diálogo não podemos nos portar como ingênuas e pirracentas crianças como nos portamos atualmente, devemos atingir uma certa maturidade cultural para pensar e argumentar com coerência como nação. Como tudo que é ocultado é facilmente manipulável ,partamos para o diálogo, em certos casos oficial e em outros extra-oficial, em nome da Soberania Nacional , da ecologia ,da história, da cultura e dos nossos indígenas. Abaixo à PL 1610/96 e ao seu substitutivo. Libertar as nossas culturas indígenas da opressão e misérias que lhes são impingidas pelo homem branco ,sem jamais atentar contra a Soberania Nacional do Brasil , é essa a parte do espírito romântico do nobilíssimo Raleigh que deve inspirar ambos os países nesse diálogo.