domingo, 4 de julho de 2010

O Governo Federal não se saiu muito bem nas questões indígenas e nas questões estratégicas de seu âmbito junto ao Exército e à Abin.


Não obstante tenha o Presidente Luis Inácio Lula da Silva sido um dos maiores governantes que o nosso país já teve, teremos que nos posicionar de forma contrária ao Governo desse grande homem, no que concerne exclusivamente às questões indígenas e de Inteligência. Nossas críticas , de responsabilidade exclusiva do autor desse texto, à atuação do Governo Federal nesse campo devem ser amigas e construtivas, não constituindo de nenhuma forma um ataque político, mas uma grande tristeza para nós, uma vez que somos admiradores desse grande Presidente. Essas críticas são semelhantes às que tem sido feitas ao Governo Federal por grandes Generais do Exército. Numa entrevista recente o nosso grande Presidente Lula disse algo mais ou menos assim: Que era a pessoa mais tranquila do mundo, pois tudo em seu governo estava dando certo. Não é bem assim. Existem alguns assuntos silenciosos e explosivos que não atingem em geral a grande mídia, mas que deveriam tirar o sono de nosso tão estimado Presidente. Tocaremos mais nesses assuntos nas postagens que seguirão, embora possamos tratá-los de forma não muito explícita como temos tratado, sem se aperceberm disso diversos leitores. Devemos lembrar que os explosivos, por mais destrutivos que sejam, mostram-se morbidamente silenciosos antes de detonarem. Talvez, o correto tratamento desses assuntos esteja sendo protelado, deixado irresponsavelmente para os governantes que virão no porvir. Mas os explosivos só podem ser desarmados antes de estourarem, enquanto estão em sua fase morbidamente silenciosa. Tudo isso nos lembra o atordoante silêncio que antecede os grandes combates. Nesse momento, os combatentes não devem estar "tranquilos", e sim conferindo as suas armas e elaborando a sua estratégia com frieza, destreza, vigilância e atenção, e não com tal tranquilidade, disso sabem muito bem os Generais do Exército. Obviamente, isso é apenas uma analogia, uma verdadeira guerra no sentido restrito da palavra não parece estar eminente. Qualquer país tremeria e pensaria duas vezes antes de enfrentar o Exército brasileiro dentro da Amazônia, ainda mais quando se tem a Venezuela como empecilho para a sua penetração. O que parece estar se sucedendo é provalmente uma "guerra de inteligência", que não deve ser nada sanguinária quando explodir. Não supomos de nenhuma forma que os Governos das grandes potências hipoteticamente relacionadas tenham alguma relação com tal eventual "guerra de inteligência", pois coisas como essas jamais seriam aprovadas pelos respectivos Congressos. Com efeito, é comumente dito que as Agências de Inteligência dessas potências possuem grande autonomia e se auto-financiam através de operações independentes feitas sem o consentimento dos respectivos Governos e Congressos, pois estes na maioria dos casos não aprovariam tais operações, sendo aparentementemente isso o que está ocorrendo na Amazônia.

E, nessa eventual guerra de inteligência, o nosso Exército está desarmado, considerando que seus armamentos pouco valem nesse caso, pois eles provalmente não devem nem mesmo chegar a ser empunhados. O Governo Federal parece estar surdo em relação aos pareceres da Abin e do Exército sobre a Amazônia. Se essa guerra de inteligencia está de fato ocorrendo, provavelmente estamos perdendo de dez a zero. Estas instituições só deixarão de estar desarmadas nessa eventual "guerra velada de inteligência" ,a partir do momento em que forem escutadas pelo Governo Federal. Por fim, depois de condenar o Governo Federal, devemos apontar uma grande incoerência dos Generais do Exército, que contribui também para o fato de estarmos provavelmente perdendo essa eventual guerra de inteligência. Os Generais do Exército estão denunciando interesses escusos das potências capitalistas em relação à Amazônia, embora em geral sejam eles mesmos em geral abertamente da direita, da mesma forma que aqueles a quem denunciam. Os Generais do Exército, ao invés de estarem ao lado e de solidificarem vínculos amistosos de Inteligência para com os governos socialistas da América Latina, acabam por se isolar estrategicamente devido a este posicionamento político direitista, criticando veementemente e de forma aberta os regimes que deveriam ser tidos como seus principais aliados. Assim, nessa eventual guerra de inteligência, o nosso Exército de maioria direitista parece não ter aliados estratégicos, como desnorteados atiradores que disparam cegamente para todos os lados, sem querer saber se suas vítimas são amigas ou inimigas.

sábado, 3 de julho de 2010

Nota de repúdio,sobretudo no caso do El Dorado do Parima(e), à PL 1610/96, que pretende regulamentar a mineração em Territórios Indígenas


Não é à toa que a PL 1610/96 é tida por muitos como o Projeto de Lei mais polêmico e potencialmente perigoso a ser votado pelo Congresso Nacional. Quase todos no fundo sabem que poderemos perpetrar um genocídio contra diversas etnias indígenas e contra a cultura brasileira ,ou ,no mínimo, acarretar uma crise separatista, se tal Projeto de Lei ou seu substitutivo forem aprovados tal como atualmente redigidos. Somos diametralmente contrários à mineração em Territórios Indígenas, sobretudo naqueles relacionados à nossa descoberta, em consonância com a imensa maioria dos indígenas que habitam a região pertinente. Mas, devemos dizer algumas coisas sobre aquilo que é respeitante ao El Dorado do Parima, por Roland Stevenson , por nós e codescobridores (re)descoberto, sobetudo no caso de tal Projeto de Lei ser eventualmente aprovado. Chegamos a um dos momentos mais polêmicos desse blog, e sentimo-nos tentados a calarmos, mas acreditamos que a verdade sempre deva ser dita, mesmo que com isso corramos riscos, por mais indigesta que seja para alguns grandes capitalistas e "desenvolvimentistas".Por isso, aquele que escreve esse texto sente-se no dever de dar a sua opinião pessoal sobre esse assunto. E a "verdade inconveniente" de que tratamos consiste no seguinte: A gigantesca Província Mineral do El Dorado do Parima foi incontestavelmente descoberta há pelo menos 600 anos pelos ancestrais dos indígenas que habitam a região pertinente, o que confere a estes no campo das ciências jurídicas direitos excepcionais sobre aquela província. Quanto a isso, as menções históricas são claras e categóricas, os indígenas que habitavam a região no sec. XVI sabiam com toda certeza da existência de uma gigantesca província mineral no exato local aonde foi (re) descoberta, a qual tinha como marco geográfico o Lago Parima. Somente o fato da grande cadeia montanhosa que demarca nossa fronteira com a Venezuela chamar-se Serra Parima até os dias de hoje, já é suficiente para indicar ser essa a região historicamente associada ao El Dorado do Parima, embora existam dezenas de menções históricas que corroborem de outras formas o que afirmamos. E , depois de por nós (re)descoberto o extinto Lago Parima ,tido historicamente como marco geográfico do El Dorado, isso se torna definitivo. Sendo assim, o CPRM , o Serviço Geológico do Brasil e o Radam Brasil não podem de nenhuma forma reclamar ter descoberto essa província mineral, sobretudo a partir do momento em que foi (re)descoberto o extinto Lago Parima. Não seria ético escamotearmos ou fugirmos de tal verdade, mesmo que para muitos seja esta muitíssimo inconveniente ,pois não poderemos construir um grande Brasil sobre os subleitos da mentira, da aculturação e da dilapidação de nossos indígenas. Sendo assim, não é legítimo que o Estado exproprie desses indígenas a província mineral que, tal como comprovamos, foi descoberta por seus ancestrais antes mesmo da existência de tal Estado, mas que negocie com aqueles de forma justa, ética e transparente, se for aprovada alguma lei que regulamente a mineração em seus territórios, e não extorqui-los como propõe a PL 1610/96. Por outro lado, estes Territórios Indígenas localizados no El Dorado do Parima se situam de forma indissociável dentro de tal Estado, o que também confere a este indiscutíveis direitos sobre a referida província mineral. Sendo assim, as duas partes ( os indígenas e o Estado) devem entrar em um acordo que seja profundamente justo para ambas, pois cabe também ao Estado zelar pelos interesses e direitos dos indígenas, os quais devem estar em harmoniosa consonância com seus próprios interesses.Se o Congresso aprovar um projeto de Lei que ofereça aos indígenas nesse caso os royalties infinitesimais propostos como piso naquela PL e em seu substitutivo, fará o mesmo que marcar historicamente em sua testa com um ferrete abrasador o emblema de capcioso usurpador do patrimônio e destuídor da nossa cultura indígena. Com toda certeza, para que pudéssemos oferecer royalties mais dignos para esses indígenas, a mineração só poderia ser feita por uma empresa estatal que fosse criada especialmente para isso e que não visasse lucros exorbitantes, pois as grandes corporações capitalistas jamais aceitariam oferecer aos indígenas pertinentes de 30 a 50% do valor bruto do minério que seria comercializado. A criação dessa estatal para mineraçao em territórios indígenas também seria de grande interesse estratégico para o Brasil, pois fortaleceria em muito a presença do Estado na região, além de não permitir que grandes corporações capitalistas, sejam nacionais ou estrangeiras, com intentos adversos aos Interesses Nacionais no campo preservacionista, tivessem acesso a tal província. Sendo assim, como o Estado não pode agir contra os seus próprios interesses, que consistem na preservação ambiental dos Territórios Indígenas, essa estatal seria criada com a missão de realizar suas atividades da forma menos impactante possível, possuindo uma estrura interna ,regimentação e aparatos que garantam sua completa submissão às mais rígidas normas ambientais. Além disso, todos ou quase todos os impostos decorrentes da mineração em Territórios Indígenas deveriam ser direcionados às comunidades relacionadas. Se isso não fosse feito nesse caso, os Governos Federal e Estaduais se virão tentados a promover, incrementar e incentivar essa atividade minerária, a fim de avolumar os impostos por eles arrecadados. E o Estado não pode por direito proceder dessa forma ,uma vez que cabe a ele constitucionalmente promover a preservação ambiental dos Territórios Indígenas, e não incentivar a sua degradação, por constituirem tais territórios áreas prioritárias para preservação ambiental. E a atividade mineréria, mesmo que seja realizada da forma mais racional possível, sempre implica em danos ambientais. O Estado não pode se permitir ostentar uma doentia cupidez por essas quase infindáveis jazidas de ouro, diamante , nióbio, etc., pois isso ocasionaria um genocídio físico e cultural ou, no mínimo ,uma ameaça separatista. Atualmente ,já estamos tendo grandes problemas devido ao fato de estar ocorrendo uma nova explosão de garimpos clandestinos na região pertinente situada na reserva Yanomâmi, tal como denunciado por uma organização deles, a Hutukara, explosão esta que não está sendo devidamente enfrentada pelos órgãos competentes. Isso sem falar nos outros grandes problemas de garimpos clandestinos situados em diversos Terriótórios Indígenas do El Dorado do Parima, sobre os quais não podemos nos pronunciar a fim de não corrermos demasiados riscos. Não conseguimos resolver ainda esse grande problema que persiste há mais de trinta anos e já estamos pensando em criar um outro muito pior, e isso não é nada sensato, e sim irresponsável e estulto. Portanto, pensamos que o ideal é que continue a ser vedada a mineração em territórios Indígenas. Se não for assim, que pelo menos não pilhemos os nossos indígenas, mas lhes confiramos conforto material e bem estar social nas áreas em que o desejarem através das atividades e impostos daquela estatal ,o que nesse caso lhes é do mais legítimo direito, a partir do momento em que eles o pleitearem e que tal PL for eventualmente aprovada.


Só uma dessas crianças vale mais que todo o El Dorado do Parima, não deixemos que a nossa vergonhosa e doentia cupidez as extermine.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

O Brasil não é o "país do futebol", e sim o país da Amazônia e do El Dorado do Lago Parima.

Para o bem de nossa cultura e para a sua preservação, devemos infelizmente dizer palavras um pouco duras, devemos afirmar que o Brasil não é o "país do futebol" divulgado pelos setores dominantes de nossa grande mídia, pois, se o fosse, seria quase imbatível nessa modalidade desportiva. Nós não somos a "superpotência" do campo futebolístico afirmada de forma pedante e hiperdimensionada pelos setores dominantes de nossa mídia por razões sobretudo comerciais, e sim uma superpotência natural e cultural, embora aqueles setores pareçam em geral insistir no contrário. Obviamente, se fossemos a superpotência futebolística afirmada por nossa grande mídia, não seriam corriqueiras essas derrotas,como a que ocorreu hoje na copa. Não somos essa "superpotência" futebolística, e sim uma das diversas "potências" desse esporte, considerando que o futebol de vários países do mundo não perde em nada para o nosso. E, para que fôssemos legitimamente dignos da alcunha de "país do futebol", teríamos fatalmente que constituir uma verdadeira superpotência nessa área. Já, quanto a constituirmos uma superpotência natural e cultural, isso é incontestável, posto que seja igualmente incontestável o fato de não termos ainda assumido a nossa vocação como tal, considerando que edificamos símbolos nacionais artificiais em detrimento daqueles que legitimamente deveriam ser os nossos símbolos nacionais ,por constituirem o nosso patrimônio cultural mais genuíno e virginal, mas que permanecem na condição de latentes e imanifestos, em razão de não terem sido consolidados pela grande mídia, pelo nosso sistema de ensino, por nossa sociedade e pelos órgãos competentes. Para acordar de nosso transe futebolístico os que sonham que nós somos o "Dream Team" do futebol, é necessário dizer de forma altissonante o óbvio, ou seja, que nossos jogadores não são os melhores do mundo como muitos dizem, embora estejam entre eles. Perdemos mais uma copa do mundo, para nós isso é muitíssimo natural, considerando que faz parte da própria natureza do esporte. Para nós, o nosso virgíneo Símbolo Nacional continua intacto, pois somos filhos do país das Amazonas, do El Dorado do Parima(e), do Reino dos Omáguas, dos Peabirus, do Sumé, do Õhpekõ wii ,do Nhamini-wi, do Hy Brasil, etc. ,país este totalmente desconhecido pela maioria dos brasileiros. Nosso Símbolo Nacional é muito mais sólido e consistente do que aquele cambaleante e deformado simulacro. Já , para mais de cem milhões de brasileiros, nossa perda na copa é motivo do mais nocente arrasamento, em razão de que, para estes, o nosso símbolo nacional foi novamante destroçado, conspurcado e violado. E isso com certeza se reflete em nosso quadro econômico, político, social, etc. Durante umas semanas, estes arrasados torcedores se sentirão como se fossem filhos de uma pátria quedada nas atroadoras ruínas de uma guerra perdida, o que não é o nosso caso. Durante os quase quatro anos que se seguirão até chegar a nossa nova apoteose futebolística, esses mais de cem milhões de brasileiros ostentarão apenas uma sombra daquele patriotismo que demonstram em nossas vitórias da seleção. Os mais de cem milhões de pessoas que até poucas horas se portavam como estrênuos patriotas se sentem agora como derrotados frangotes após nossa derrota, destituídos de seu patriotismo e de seu "dever cívico " maior por mais quatro anos. Aqueles que se deixaram seduzir e que se tornaram vítimas do vício pelos engodos desse patriotismo desvirutado e estéril deveriam começar a olhar mais para os aspectos maiores da Cultura da Amazônia que estão se perdendo, e não são ensinados em nossas escolas, a fim de que comecem a se tornar verdadeiros patriotas. Se os dirigentes dos setores dominantes da nossa grande mídia fossem tomados pelo verdadeiro patriotismo ,tratariam de transformar a Cultura da Amazônia em nosso Símbolo Nacional, coisa que ela já é para os poucos brasileiros não indígenas que conhecem verdadeiramente a sua grandeza . Isso daria muito trabalho para tais dirigentes, uma vez que a imensa maioria dos seus repórteres tidos em conta de especializados conhecem apenas o ABC da Amazônia, e correm o risco de serem reprovados nesse pré-primário, por serem quase analfabetos nesse assunto. Quando eles saírem desse pré-primário aprenderão o que é o Lago Parima(e), Manoa ou Rupununi, e mais, aprenderão que ele foi descoberto já extinto em 1987 por Roland Stevenson e codescobridores. Mas talvez tenham eles pouco tempo para se alfabetizarem, se levarmos em conta as urgentes denúncias dos grandes Generais do Exército e da Abin a respeito da Província Mineral pertinente. Se levarmos em conta que em pouco mais de quarenta anos nossa mídia evoluiu a tal ponto de tornar-se a líder mundial em cobertura futebolística, tendo obtido inconteste excelência nesse campo, acreditamos que aquela tarefa tenha alguma chance de ser cumprida com êxito. E se os nossos jogadores da CBF fossem realmente patriotas, já teriam se utilizado da excelente imagem que possuem junto aos indígenas para tornar mais amistosas as relações destes pra com o nosso Exército,o que seria pleanmente legítimo e oportuno. Talvez daqui há uns vinte anos a nossa cobertura da Amazônia possua tanta qualidade e tecnologia quanto a nossa cobertura futebolística da copa do mundo. Mas isso demorará e exigirá muito mais empenho de nossa grande mídia ,pois um semi-analfabeto não consegue um pós-doutorado de uma hora para a outra. Se a nossa grande mídia, com a excessão de uma emissora, não se empenhar muito mais, será reprovada no pré-primário por décadas, até se consumarem as denúncias de nossos grandes Generais do Exército e da Abin, tidos por nós em conta de Heróis Nacionais. Esse cenário ultrajante para a genuína e virginal cultura brasileira faz com que os verdadeiros patriotas sintam-se tão feridos e revoltados com sua pátria a ponto de pensar em deixar de o serem.