Infelizmente, teremos que dar os nossos efusivos parabéns à OEA em relação à sua excelente atuação contrária a implementação da usina de Belo Monte. Nossos políticos ignotos terão que abrir seus olhos estultos diante do risco que representa o fato de diversos intelectuais e indigenistas brasileiros estarem apoiando a atuação da OEA em Belo Monte.Quanto a nós,esperamos que o Ministério Público vede essa implementação,a fim de que isso não tenha que ser feito por uma instituição estrangeira. Se esses políticos estultos pensam que irão transformar as reservas indígenas da Amazônia em canteiros de grandes obras ou em lavras para mineração, é bom que saiam de seus transes carnavalescos e acordem para a realidade,o mundo não permitirá isso. Se o Brasil não tem competência para garantir que essa usina não cause severos danos sócio-ambientais, já deveria ter ele mesmo desistido dessa idéia. Se o Brasil optou por seguir os caminhos do desenvolvimentismo, que não force os indígenas a fazerem o mesmo contra a vontade deles. Tenhamos ombridade e assumamos nós mesmos os terríveis custos ambientais do pútrido "desenvolvimento" que apregoamos. Se estamos com problemas para assegurar o fornecimento energético necessário para suprir a frenética demanda de nosso desenvolvimentismo, não temos o direito de onerar indígenas inocentes com os pesados custos do caminho que escolhemos para a nossa civilização .Se caminhamos febrilmente rumo à auto-destruição, não imputemos esse mesmo caminho aos indígenas, mas carreguemos dignamente nós mesmos as acérrimas pestes de nossa moribunda civilização .
segunda-feira, 25 de abril de 2011
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