sexta-feira, 14 de maio de 2010

Roland Stevenson, o descobridor que restituiu a nós o capítulo mais grandioso de nossa história.


A contribuição colossal de Roland Stevenson para a cultura e a ciência brasileiras não se resume à grande descoberta do extinto Lago Parima do El Dorado, extravasando em muito tal descobimento de importância sem precedentes em nosso país nos campos que a este são respeitantes. Podemos dizer sem exageros que Roland Stevenson revolucionou a história ,a antropologia, a etnologia ,a geografia e a arqueologia de nosso país, desvelando-nos um passado de grandeza nunca antes por nós brasileiros plenamente vislumbrada. Confere ainda maior valor ao trabalho hercúleo de Stevenson o fato de que todas as suas descobertas e teorias foram retratadas artisticamente através de suas pinturas de virtuosíssima técnica, portanto ,podemos afirmar que Stevenson revolucionou também as artes plásticas brasileiras.Quando comparamos Roland Stevenson à Leonardo da Vincci não temos a pretensão de afirmar que aquele alçou altitudes tão elevadas quanto este, não obstante, fazemos tal comparação em razão de que em ambos um muitíssimo atilado espírito de artista, de cientista e de grande descobridor com total domínio nesses campos forma um todo coerente e maior, conferindo ao trabalho destes importância ímpar. Mas, pensando bem, para não sermos demagogos e não faltarmos com a sinceridade junto aos tão estimados leitores e a Roland Stevenson, confessamos que por vezes nos vemos tentados a incorrer no provável excesso de afirmar que este tenha chegado muito próximo de atingir os excelsos patamares do mestre da Vincci, porém nos calamos para não soarmos demasiadamente pedantes junto àqueles que desconhecem o trabalho do primeiro , ou diante dos que se comprazem em diminuir o valor da cultura brasileira. A contribuição de Roland Stevenson para a nossa cultura deve ser tida como do porte daquela dos gigantes imortais como Villa Lobos, Tom Jobim, Guimarães Rosa, etc. Quanto a essa afirmação, a fazemos sem medo de parecermos pretenciosos, tendo a certeza de que aqui expomos a justa medida da importância do trabalho daquele. Acreditamos de forma bastante fundamentada que raríssimos ícones brasileiros vivos tenham prestado uma contribuição para a cultura de nosso país do porte daquela realizada por Stevenson. Esperamos que o Brasil não cometa o vitando crime de deixar para a posteridade o reconhecimento da dimensão dessa hercúlea contribuição para a cultura e ciência desse país. Para aqueles que acharem que cometemos excessos em nossos exaltados elogios a Stevenson, devemos dizer que diminuir o valor da sua contribuição para a nossa cultura é o mesmo que diminuir e negar a grandeza desta em si mesma.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Pedra do Sol : mais uma prova acerca da presença Inca pré-colombiana na região do El Dorado do Parima.


Os descobridores do extinto Lago Parima do El Dorado elogiam a iniciativa do IPHAN e dos órgãos muncipais de São Luis de Anauá rumo ao reconhecimento da Pedra do Sol como sítio arqueológico Inca. Esse deve ser o primeiro passo dos órgãos competentes rumo ao reconhecimento da presença Inca pré-colombiana na região do El Dorado do Parima. Abaixo, segue um artigo sobre essa louvável inciativa:


Folha de Boa Vista

LUANY DIAS
SÃO LUÍS DO ANAUÁ

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Sítio arqueológico Pedra do Sol fica em uma propriedade particular
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Não se tem ideia de quantos sítios arqueológicos existem em Roraima, porém 85 locais onde ficaram preservados testemunhos de evidências de atividades do passado histórico já foram cadastrados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Estado, que acaba de registrar mais um sítio, denominado Pedra do Sol.

Na quinta-feira e sexta-feira passadas, uma equipe do Iphan visitou São Luís do Anauá, Sudeste do Estado, a convite da prefeitura, tendo o acompanhamento do secretário municipal de Turismo e Meio Ambiente, Francisco Bezerra Júnior, e do diretor do Departamento de Meio Ambiente, Marino Caldas, e equipe. A arqueóloga Shirlei Martins, professora do Departamento de História da Universidade Federal de Roraima, foi a pesquisadora convidada para auxiliar na visita técnica para fazer o reconhecimento do sítio.

A Pedra do Sol fica localizada em uma propriedade particular, na vicinal 22 de São Luís do Anauá, com acesso pela BR-210. Segundo Marino Caldas, ela está em processo, desde 2001, para ser definitivamente reconhecido como um sítio arqueológico Pré-Colombiano Inca.

A superintendente do Iphan em Roraima, Carla Gisele Moraes, explicou que o objetivo da visita foi avaliar o potencial do sítio, onde existem vários petrogrifos com desenhos Incas de lhamas, serpentes emplumadas e símbolos diversos, principalmente o sol. “Este sítio arqueológico possui inscrições de baixo relevo em pedras, figuras geométricas, antropomórficas, sendo que algumas parecem pessoas, outras animais e há em destaque a figura de um sol. Nós levantamos o estado de conservação do sítio, como está o reconhecimento, identificação e mapeamento”, comentou.

Carla Gisele contou que a visita também contemplou uma avaliação do potencial arqueológico e cultural do município, no sentido de apoiar as atividades de fomento ao patrimônio cultural que vêm sendo desenvolvidas naquela localidade. “Foi o nosso primeiro contato com o sítio. A prefeitura tem a intenção de criar um roteiro de visitação nesse sítio, onde é feito um controle para mantê-lo preservado. Visitamos pontos turísticos, como o balneário da vicinal 19, o rio Anauá, local muito frequentado pela população local”, contou.

O Iphan vislumbra a possibilidade de desenvolver ações futuras de conscientização da comunidade e valorização do patrimônio local através de parceria com a prefeitura municipal, Universidade Estadual de Roraima e outras instituições.

INVENTÁRIOS - A superintendente contou que o Iphan está desenvolvendo um inventário dos sítios na região Nordeste do Estado, mas existe certa dificuldade de acesso aos sítios arqueológicos porque muitos estão em propriedade particular na zona rural ou em terras indígenas.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

O Brasil desconhece a cultura amazônica.


O Brasil só conhecerá verdadeiramente a sua cultura a partir do momento que começar a interessar-se pela cultura amazônica. É um contrasenso afirmarmos que o Brasil se interessa e valoriza a sua cultura enquanto este país desconhece a cultura amazônica, seu patrimônico cultural maior. E, se desconhecemos o nosso patrimônio cultural maior, podemos nos considerar culturalmente órfãos. Se os ministérios competentes, os intelectuais e a mídia brasileira não sabem o que é o Lago Parima, deduzimos com segurança que ignoram completamente a cultura amazônica. Não é à toa que estamos nos transformando em patéticas caricaturas dos americanos e europeus, nunca nos precupamos em criar uma identidade cultural nacional que exaltasse os nossos aspectos culturais mais valorosos, pois nem mesmo conhecemos a maior parte desses aspectos.

domingo, 9 de maio de 2010

Aqui jaz sepultado no esquecimento o extinto Lago Parima do El Dorado, pródigo berço do mais glorioso e épico capítulo da história brasileira.


Foto da gigantesca savana parcialmente alagável na atualidade situada no complexo das bacias dos rios Parima(Branco) e Rupununi,respectivamente localizados em Roraima e na Guiana. Essa região abriga o patrimônio cultural material maior brasileiro por representar a silhueta histórica do mundialmente célebre El Dorado, consituída pelo mar interior extinto de gigantescas dimensões tido historicamente como o marco geográfico daquele, chamado Lago Parima(e), Manoa ou Rupununi. Sem qualquer sombra de dúvida, constitui o pior caso de negligência patrimonial da historia do Brasil a omissão dos órgãos governamentais em relação à descoberta do grande Lago Parima do El Dorado feita em 1987 por Roland Stevenson e codescobridores. Se o El Dorado foi esquecido como realidade histórica e banido do panteão dos grandes patrimônios culturais materiais brasileiros quando o Lago Parima foi tido como mera lenda pelos naturalistas do sec. XIX, ele merece ser restituido à celebridade semelhante àquela que teve no passado a partir do momento em que é descoberto, considerando que isso derruba definitivamente a visão de tais naturalistas que o colocou exclusivamente no campo do legendário.

sábado, 8 de maio de 2010

Por que se calaram ante ao descobrimento do Lago Parima do El Dorado os grandes heróis brasileiros?


Não nos causa estranhamento o silêncio em relação à descoberta do Lago Parima e da Província Mineral do El Dorado que tem se abatido sobre os setores medíocres da política, da mídia , da ecologia, da cultura brasileiras, etc., mas sim o silêncio de nossos heróis e grandes homens em torno dessa descoberta. No "país do Carnaval" , é perfeitamente previsível que um assunto de tamanha seriedade seja tratado de forma carnavalesca pelos estriões e arlequins que se fizeram reponsáveis pela construção daquela alcunha depreciadora que tornou-se o símbolo de nossa nação no mundo. Sendo assim, prevíamos que a nossa grande descoberta seria tratada dessa forma pelos homens medíocres e baixos que fizeram de nossa nação uma piada tragicômica e, infelizmente, se tornaram a maioria no cenário da mídia, da cultura, da educação , da política, da ecologia, do indigenismo brasileiros, etc., maioria esta que ,a cada dia ,consolida através de suas ações públicas carnavalescas as mazelas culturais implícitas na simbologia da expressão "país do Carnaval". O que nos causa estranhamento é o silêncio em relação a essa descoberta não dos medíocres e baixos, mas dos grandes e tão meritosos heróis brasileiros ,que sempre se recusaram a sorver cálice do silêncio dos omissos e, se não fosse pela oposição dos mediócres e baixos que imperam em nosso país, teriam feito com que o Brasil realizasse plenamente a sua vocação para tornar-se uma potência econômica ,cultural e ecológica. É verdadeiramente estranho que, embora alguns desses grandes heróis façam ou tenham feito parte do atual governo, todos eles tenham se calado e tratado de forma carnavalesca e omissa a descoberta do Lago Parima e da Província Mineral do El Dorado. E o nosso grande Presidente Lula, cuja história de vida é permeada pelo heroísmo dos não compactuantes com o silêncio, será que em relação ao El Dorado ele preferiu imputar-se uma mordaça? E o que falar dos grandes heróis de nossa cultura que, apesar das penosas adversidades que lhes foram imputadas por forças que tentaram a todo custo impingir-lhes o silêncio, negaram a beber desse cálice e falaram contra a vontade daquelas, presenteando o nosso povo com uma das mais importantes músicas do mundo? E por que se calaram os nossos grandes repórteres que, desde a época da ditadura ,lutaram e lutam heroicamente para que sua profissão liberte-se do jugo remanescente daquele tempo e que perdura parcialmente até hoje , continuando a fazê-la refém da omissão, do silêncio e da parcialidade? Por que se calaram em relação à nossa descoberta todos esses heróis ,que desde a época da ditadura lutaram por nossa cultura e por nossa nação e não aceitaram beber o acérrimo cálice do silêncio, mesmo que esse cálice fosse empurrado à força por suas gargantas esgarçadas? E os nossos grandes padres libertadores que tornaram-se símbolo da resistência ao silêncio imposto pelos ditadores e, como santos mártires, em razão de se negarem a beber desse cálice ,enfrentaram cruentas torturas e suplícios , por que se calaram ante a essa descoberta? Estarão mortos ou aposentados os nossos grandes heróis? Se estiverem mortos os entenderemos ,pois mortos não levantam de suas furnas, mas se tiverem apenas se aposentado, devemos lhes dizer que heróis não se aposentam, a menos que abneguem do título de heróis e se rendam à mediocridade. Ou talvez acreditem que a nossa descoberta não seja tão importante quanto eles, não estando à altura de ser tratada pelos baluartes vivos de nossa cultura e história que se tornaram. Ora, nesse caso os "baluartes vivos de nossa cultura e história" se colocariam como ególatras aduladores acima dessa própria cultura. Se o El Dorado não é tão importante para eles, devem estar se considerando verdadeiras divindades, mas deuses não são heróis, e sim sempiternos imortais.



sábado, 1 de maio de 2010

Carapaças de Moluscos Bivalves Encontradas no Leito do Extinto Lago Parima do El Dorado.


A coleção de carapaças de moluscos bilvalves da malacóloga Regina Corrêa exibida na foto acima retirada da grande obra de Roland Stevenson "Uma Luz dos Mistérios Amazônicos", constitui uma das inúmeras provas acerca da descoberta do extinto Lago Parima do El Dorado. Lembremos que estas carapaças, algumas de datação recente, foram coletadas em regiões não mais alagáveis na atualidade da grande savana amazônica parcialmente inundável situada na depressão dos rios Parima (Branco)/Rupununi de Roraima e da Guiana, demostrando ter existido nessa região o gigantesco lago do El Dorado, que tinha o mesmo nome de tais rios e era historicamente colocado nessa mesma região. Lembremos também que essa gigantesca savana de 80.000 quilômetros quadrados possui dimensões semelhantes àquelas que eram reputadas historicamente ao Lago Parima.