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No ano de 1993, um importante programa dominical de rede nacional da televisão brasileira cujo nome devemos aqui preservar, fez uma reportagem infeliz sobre a descoberta do Lago Parima ,que poderá ser futuramente considerada um dos maiores e mais injustos atentados contra o patrimônio histórico de um país cometidos por sua própria mídia. É sabido que na emissora responsável pelo programa de que tratamos existem grandes e respeitáveis repórteres e dirigentes que jamais seriam compactuantes com este atentado sem precedentes contra o patrimônio cultural e histórico do país aonde são estabelecidos, por isso exortamos estes a zelarem no caso pertinente pelos princípios da ética jornalística acerca da imparcialidade e isenção na emissora de que pertencem, clamando aos responsáveis por tal programa que reparem esse erro verdadeiramente terrível. Recentemente ,foi feita uma carta ao chefe de redação de tal programa com um pedido de reparação deste terrível erro, mas ,infelizmente, tal pedido foi injustamente negado, num ato de violência contra o nosso patrimônio, cultura e história ,assim como às tradições indígenas relacionadas, exaradas de forma recorrente pelos cronistas coloniais, o que no futuro deverá ser julgado pelos tribunais da história.Sem qualquer dúvida, foi um grande erro do chefe de redação desse programa negar tal pedido de reparação, considerando que a referida reportagem foi visivelmente parcial e tendenciosa, em parte devido aos motivos abaixo rapidamente mencionados.
Um geólogo argentino cujo nome é aqui preservado, que na época tinha apenas 28 anos e nunca havia pisado nem pesquisado em campo a grande Savana Parima/Rupununi de Roraima e da Guiana, foi convidado a dar sua entrevista ,na qual afirmava sem embasamento e de forma rápida e descuidada que o Lago Parima nunca existiu e que tal savana sempre havia sido um deserto, invalidando precipitadamente a descoberta de que tratamos sem nem mesmo analisá-la em campo ,e negligenciando as provas apresentadas por Roland Stevenson e codescobridores. Tal geólogo não tinha nenhuma experiência na região além de não ter apresentado nenhuma prova baseada em dados de campo que confirme a teoria que defende, não podendo ,portanto, tratar do assunto de forma embasada. Diante disso, por que a repórter convidou esse geólogo a dar sua entrevista? Já, os respeitados geólogos brasileiros da Amazônia coparticipantes da descoberta, com experiência em estudos de campo na região que supera a jovial idade então apresentada por aquele pesquisador de gabinete argentino, não foram convidados a prestar seu pareceres, nem a exporem com a calma necessária as diversas provas acerca da descoberta. Não podemos entender o motivo que levou o jornalista pertinente a não filmar nem analisar as marcas horizontais nas montanhas e elevações que circundam a savana de Roraima, as quais são uma prova inequívoca da descoberta do Lago Parima, em razão de só poderem constituir as marcas da linha da água de um gigantesco lago extinto. Ora, se tais marcas são perfeitamente horizontais e se apresentam sempre no mesmo nível (120 a.n.m.), elas só podem constituir as reminiscências da linha da água de tal lago. Pedimos aos nossos eventuais opositores que nos expliquem o que mais poderiam ser tais marcas. E ,por que essa jornalista não filmou as carapaças de moluscos bivalves e diatomitos típicas de regiões submersas, algumas de datação recente, encontradas por especialistas em regiões atualmente não alagáveis dessa savana, o que, por si só, prova que tal geólogo estava equivocado?Ora, se as carapaças de diatomitos e moluscos bivalves podem ser encontradas em toda essa savana , obviamente tal região não foi sempre um deserto. Da mesma forma, o repórter não se interessou em filmar os grandes e típicos ambientes eólicos e praiais existentes no perímetro da savana. Poderiam existir por obra do mero acaso essas grandes praias e aquelas marcas horizontais perfeitamente niveladas, em tudo semelhantes a linha da água de um gigantesco lago extinto? E as ilhas de vegetação densa situadas acima de 120 metros a.n.m., encravadas sem qualquer outra explicação dentro dessa savana graminosa , o que mais poderiam ser senão verdadeiras ilhas de um lago extinto recentemente? Por que podemos observar facilmente uma nítida diferença entre a vegetação situada acima de 120 metros a.n.m. e a que se localiza abaixo de tal altitude, se 120 metros a.n.m. não representa o limite topográfico de uma região submersa no passado recente?E por que não foram tratadas nessa reportagem as diversas menções históricas que indicam claramente que essa savana está se secando, ao mostrar-nos que as inundações ocorridas sazonalmente no sec. XIX eram muito superiores aos alagamentos sazonais ordinários que sucederam no sec. XX? Sinceramente, não podemos entender os motivos que levaram o repórter de que tratamos a não filmar nem analisar todas essas evidências, assim como as razões que levaram o chefe de redação a negar aquele pedido de reparação. Stevenson e codescodescridores não desejam de nenhuma forma processar tal programa televisivo por ser poderosíssima a emissora relacionada. Deixemos então que o tempo e a história naturalmente façam com que tal programa reconheça seu lamentável erro, pois uma grande descoberta científica nunca pode ser eternamente eclipsada, e os tribunais da história são os mais severos juízes e algozes. Com certeza,tais tribunais julgarão tal programa de forma muito mais severa do que aquela que agora o julgamos. Seria demasiada prepotência para um repórter de qualquer emissora televisiva, por mais poderosa que seja esta, acreditar possuir força superior aos inexoráveis tribunais da história, cujo poder muitas vezes condena e excede o dos mais poderosos impérios.
Sabe-se que na emissora de que tratamos existem grandes jornalistas e dirigentes, devotados profundamente à ética profissional, por isso pedimos a estes que não permitam que reportagens como esta venham a manchar a imagem de tal emissora. Por fim, é preciso dizer que a Província Mineral do El Dorado tem um valor financeiro bem superior ao daquela emissora, o que deve impor aos seus repórteres o dever ético de tratar desse assunto com responsabilidade muitíssimo maior e com a mais imaculada e ponderada isenção, afim de não comprometerem também a emissora de que pertencem nos tribunais da história, em relação a algo que possui um valor financeiro exorbitante. Essa emissora, composta em grande parte por respeitáveis dirigentes e repórteres, não merece arcar com qualquer responsabilidade sobre aquela matéria infeliz feita por um de seus jornalistas, mas ,se tais dirigentes não tomarem providências para reparar o referido erro, tal emissora acabará por colocar sobre seus ombros tal responsabilidade. Reportagens tendenciosas com essa nos levam a meditar sobre as razões que resultaram numa vertiginosa queda da credibilidade da mídia brasileira junto aos cidadãos desse país, tal como aponta uma recente pesquisa do Vox Populi encomendada pelo Centro de Referência do Interesse Público (Crip), cabendo sobretudo aos grandes jornalistas de nossa nação a tarefa de lutar para reverter tais estatísticas, tão desonrosas à reputação do setor que representam.
Um geólogo argentino cujo nome é aqui preservado, que na época tinha apenas 28 anos e nunca havia pisado nem pesquisado em campo a grande Savana Parima/Rupununi de Roraima e da Guiana, foi convidado a dar sua entrevista ,na qual afirmava sem embasamento e de forma rápida e descuidada que o Lago Parima nunca existiu e que tal savana sempre havia sido um deserto, invalidando precipitadamente a descoberta de que tratamos sem nem mesmo analisá-la em campo ,e negligenciando as provas apresentadas por Roland Stevenson e codescobridores. Tal geólogo não tinha nenhuma experiência na região além de não ter apresentado nenhuma prova baseada em dados de campo que confirme a teoria que defende, não podendo ,portanto, tratar do assunto de forma embasada. Diante disso, por que a repórter convidou esse geólogo a dar sua entrevista? Já, os respeitados geólogos brasileiros da Amazônia coparticipantes da descoberta, com experiência em estudos de campo na região que supera a jovial idade então apresentada por aquele pesquisador de gabinete argentino, não foram convidados a prestar seu pareceres, nem a exporem com a calma necessária as diversas provas acerca da descoberta. Não podemos entender o motivo que levou o jornalista pertinente a não filmar nem analisar as marcas horizontais nas montanhas e elevações que circundam a savana de Roraima, as quais são uma prova inequívoca da descoberta do Lago Parima, em razão de só poderem constituir as marcas da linha da água de um gigantesco lago extinto. Ora, se tais marcas são perfeitamente horizontais e se apresentam sempre no mesmo nível (120 a.n.m.), elas só podem constituir as reminiscências da linha da água de tal lago. Pedimos aos nossos eventuais opositores que nos expliquem o que mais poderiam ser tais marcas. E ,por que essa jornalista não filmou as carapaças de moluscos bivalves e diatomitos típicas de regiões submersas, algumas de datação recente, encontradas por especialistas em regiões atualmente não alagáveis dessa savana, o que, por si só, prova que tal geólogo estava equivocado?Ora, se as carapaças de diatomitos e moluscos bivalves podem ser encontradas em toda essa savana , obviamente tal região não foi sempre um deserto. Da mesma forma, o repórter não se interessou em filmar os grandes e típicos ambientes eólicos e praiais existentes no perímetro da savana. Poderiam existir por obra do mero acaso essas grandes praias e aquelas marcas horizontais perfeitamente niveladas, em tudo semelhantes a linha da água de um gigantesco lago extinto? E as ilhas de vegetação densa situadas acima de 120 metros a.n.m., encravadas sem qualquer outra explicação dentro dessa savana graminosa , o que mais poderiam ser senão verdadeiras ilhas de um lago extinto recentemente? Por que podemos observar facilmente uma nítida diferença entre a vegetação situada acima de 120 metros a.n.m. e a que se localiza abaixo de tal altitude, se 120 metros a.n.m. não representa o limite topográfico de uma região submersa no passado recente?E por que não foram tratadas nessa reportagem as diversas menções históricas que indicam claramente que essa savana está se secando, ao mostrar-nos que as inundações ocorridas sazonalmente no sec. XIX eram muito superiores aos alagamentos sazonais ordinários que sucederam no sec. XX? Sinceramente, não podemos entender os motivos que levaram o repórter de que tratamos a não filmar nem analisar todas essas evidências, assim como as razões que levaram o chefe de redação a negar aquele pedido de reparação. Stevenson e codescodescridores não desejam de nenhuma forma processar tal programa televisivo por ser poderosíssima a emissora relacionada. Deixemos então que o tempo e a história naturalmente façam com que tal programa reconheça seu lamentável erro, pois uma grande descoberta científica nunca pode ser eternamente eclipsada, e os tribunais da história são os mais severos juízes e algozes. Com certeza,tais tribunais julgarão tal programa de forma muito mais severa do que aquela que agora o julgamos. Seria demasiada prepotência para um repórter de qualquer emissora televisiva, por mais poderosa que seja esta, acreditar possuir força superior aos inexoráveis tribunais da história, cujo poder muitas vezes condena e excede o dos mais poderosos impérios.
Sabe-se que na emissora de que tratamos existem grandes jornalistas e dirigentes, devotados profundamente à ética profissional, por isso pedimos a estes que não permitam que reportagens como esta venham a manchar a imagem de tal emissora. Por fim, é preciso dizer que a Província Mineral do El Dorado tem um valor financeiro bem superior ao daquela emissora, o que deve impor aos seus repórteres o dever ético de tratar desse assunto com responsabilidade muitíssimo maior e com a mais imaculada e ponderada isenção, afim de não comprometerem também a emissora de que pertencem nos tribunais da história, em relação a algo que possui um valor financeiro exorbitante. Essa emissora, composta em grande parte por respeitáveis dirigentes e repórteres, não merece arcar com qualquer responsabilidade sobre aquela matéria infeliz feita por um de seus jornalistas, mas ,se tais dirigentes não tomarem providências para reparar o referido erro, tal emissora acabará por colocar sobre seus ombros tal responsabilidade. Reportagens tendenciosas com essa nos levam a meditar sobre as razões que resultaram numa vertiginosa queda da credibilidade da mídia brasileira junto aos cidadãos desse país, tal como aponta uma recente pesquisa do Vox Populi encomendada pelo Centro de Referência do Interesse Público (Crip), cabendo sobretudo aos grandes jornalistas de nossa nação a tarefa de lutar para reverter tais estatísticas, tão desonrosas à reputação do setor que representam.